O castelo medieval
À época da Reconquista cristã da península Ibérica, os domínios de
Chaves (Aquæ Flaviæ) e de Santo Estevão integraram o dote de Teresa
de Leão e Castela quando desposou o conde D. Henrique de Borgonha
(1093), vindo a fazer parte do Condado Portucalense.
Em 1129, os domínios de Chaves e de Santo Estevão foram retomados
por forças Muçulmanas, sendo recuperados por Rui e Garcia Lopes
(1160), dois irmãos cavaleiros que ofereceram os seus serviços a D.
Afonso Henriques (1112-1185). A edificação do Castelo de Santo
Estevão teria sido iniciada nessa época, para ser concluída no
reinado de seu filho e sucessor, D. Sancho I (1185-1211). Aqui se
celebraram as núpcias da infanta D. Teresa, filha de D. Sancho I,
com Afonso IX de Leão, e neste castelo viveram as outras filhas de
D. Sancho I: D. Mafalda, D. Sancha; e seu filho, o infante D.
Afonso que veio a sucecer ao seu pai no trono.
Tendo os domínios de Chaves sido conquistados por Afonso IX de Leão
e Castela (1221), o Castelo de Santo Estevão também o foi,
permanecendo como penhor do litígio entre os soberanos de Castela e
Portugal até à solução do conflito, no Sabugal, em 1231.
Durante o reinado de D. Afonso III (1248-1279), neste castelo se
celebraram as segundas núpcias do soberano, com D. Beatriz, filha
ilegítima de Afonso X de Castela (1253). As habitações da vila
foram adaptadas para servir como alcáçova para receber os noivos,
que aqui passaram a residir. O soberano concedeu Carta de Foral à
povoação (15 de Maio de 1258), criando o Concelho de Santo Estevão
de Chaves, época em que se iniciou a reconstrução do castelo.
O seu filho e sucessor, D. Dinis (1279-1325), veio ao castelo
esperar a noiva, D. Isabel, filha de D. Pedro III de Aragão.
Posteriormente, durante a crise de 1383-1385 as forças de D. João I
(1385-1433) acampam na vila de Santo Estêvão preparando-se para o
assalto a Chaves, cujo alcaide tinha jurado fidelidade a Castela.
Reza a tradição que o soberano aqui teria retornado com suas
tropas, na noite de Natal de 1423.
[editar]Da Guerra da Restauração aos nossos dias
Durante a Guerra da Restauração, em 1666, o castelo foi tomado
pelas tropas do general Baltazar Rojas Pantoja, vice-rei e
governador das Armas da Galiza, que trucidaram a sua reduzida
guarnição, saqueando e incendiando a vila. As suas forças
dirigiram-se em seguida para o Castelo de Monforte de Rio Livre,
sendo, porém, batidas por tropas cavalarianas portuguesas sob o
comando do general Francisco de Távora, com o auxílio de forças sob
o comando do conde de Alvor.
Após esses acontecimentos, as dependências do castelo medieval
foram abandonadas, tendo sido, posteriormente, adaptadas a
residência paroquial.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional por Decreto
publicado em 16 de Maio de 1939. Mais recentemente, passou por
intervenção de consolidação e restauro a cargo do poder público
português.
Características
Do antigo castelo, resta a sólida torre de menagem ameada, de
planta quadrangular, em aparelho de granito, com dois
pavimentos.
Junto ao castelo ergue-se a Igreja Matriz, com uma só nave.
A Cache:
Micro cache com Logbook e Cachenote, levem com que escrever e sejam
discretos.