O ACIDENTE AÉREO NA SERRA DO CARVALHO
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Este dia está também, infelizmente, ligado a uma das páginas mais negras da história da Força Aérea, pois foi no dia em que se comemorava o seu 3º aniversário, 1 de Julho de 1955, que ocorreu o mais trágico e lamentável acidente da sua história, que vitimou oito pilotos, sendo considerado um dos maiores do género, a nível mundial, atendendo ao número de aviões envolvidos.
Naquele dia fatídico, doze aviões F-84 Thunderjet, comandados pelo capitão Rangel de Lima, dirigiam-se em formação para a Base Aérea da Ota, para participar nas comemorações do 3º aniversário da FAP, quando pelas 10 horas da manhã o desastre aconteceu.
Segundo o Diário “as beiras online” de 4 de Julho de 2005 e de acordo com Aniceto Ferreira de Carvalho, que na altura do acidente tinha 20 anos e era mecânico da FAP, “os aviões eram doze ao todo e iam a voar em formação. Iam quatro à frente, quatro atrás mas mais baixo, por causa do remoinho (movimento do vento), e outro quatro ainda mais baixo. Nesse dia estava nevoeiro e só os primeiros quatro, nos quais se incluía o capitão Rangel de Lima passaram a serra; os restantes oito embateram no terreno, tendo os seus pilotos tido morte imediata”.
Perpetuando a memória dos pilotos falecidos, foi erguido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares, um monumento no local do acidente, assinalando um acontecimento que deixou a Força Aérea, as famílias dos pilotos e todo o país envolto num manto de luto.
Para reforçar o simbolismo do local a autarquia construiu ainda uma capela em honra de Nossa Senhora do Ar e, na passagem dos cinquenta anos sobre o desastre, em 2005, foi inaugurado um monumento numa rotunda da vila, feito em parceria com a Força Aérea Portuguesa, para assinalar, marcar e manter viva a memória histórica do acidente ocorrido naquela serra.