Museu do Combatente e Forte do Bom Sucesso

O Forte de Bom Sucesso
É um edifício de arquitectura militar, concebido pelo General Vallerée. A sua construção iniciou-se em 1780, como reforço da Defesa do Porto de Lisboa. Em 1808, durante a ocupação de Lisboa, por parte das forças francesas (comandadas pelo Marechal Junot) o Forte foi ligado à Torre de Belém por uma Bataria corrida, conhecida como “Bataria Nova do Bom Sucesso ou o flanco esquerdo”, armada com 47 Peças e 10 Morteiros.
Em 1815 foi construída a “Bataria do flanco direito”.
Depois de um período em que a fortaleza esteve abandonada (de 1836 a 1879), em 1870, no reinado de D. Luís I, iniciou-se a reconstrução de uma nova Bataria, no local do antigo Forte do Bom Sucesso. Em 1876, construiu-se a plataforma das peças e paióis, em 1881 foi transformada em Bataria de Costa, por pessoal de engenharia militar, sob a direcção do Capitão Jacinto Parreira. Durante as campanhas do Ultramar, foi sede da Chefia do Serviço Postal Militar. Para saber mais sobre a Artilharia da Costa portuguesa consulte este site.
Após Abril de 1974, recebeu o Comando do Agrupamento Militar de Intervenção, posteriormente foi sede da “ Associação de 25 de Abril”. Em Julho de 1986 a 1992 passou a sediar o Comando da Brigada de Forças Especiais. Em 13 de Janeiro de 1999 foi oficialmente entregue à Liga dos Combatentes e em 2003 aberto ao público.

O Museu do Combatente
Tendo como objectivo a expressão dos feitos militares portugueses, disponibilizando um leque de mostras permanentes, acompanhadas de exposições temporárias (de artes plásticas, fotografia e escultura). Este espaço constitui-se como um pólo de divulgação da História de Portugal, onde se evidenciam três épocas do século XX, com diverso armamento militar disposto ao ar livre: I Guerra Mundial, Campanhas do Ultramar e Missões de Paz. A integração do Museu do Combatente no Forte do Bom Sucesso constitui ainda uma homenagem aos Combatentes que serviram Portugal no antigo Ultramar, através da implementação (desde 1993), do “Monumento aos Combatentes do Ultramar”. Este conjunto – Forte do Bom Sucesso, Museu do Combatente e Monumento aos Combatentes do Ultramar constitui um verdadeiro espaço de Cultura, Cidadania e Defesa.
Hoje em dia, o Museu do Combatente proporciona visitas guiadas a grupos de qualquer faixa etária e ainda diversas actividades pedagógico-didácticas a grupos de crianças entre os 5 e os 16 anos, nomeadamente, a escolas associações e ATLS, tendo por objectivo por objectivo o contacto directo e contextualizado com o espólio do Museu em exposição, assim como a compreensão de conceitos históricos e símbolos nacionais/patrióticos. Todas as actividades destinadas a grupos obedecem a marcação prévia, que pode ser feita na Recepção do Museu, por telefone ou correio electrónico.
Informações adicionais: Exposições permanentes e temporárias com visitas diárias (aberto todos os dias, incluindo fins-de-semana e feriados).
(Out. a Mar.) das 10:00h às 17:00h - (Abr. a Set.) das 10:00h às 18:00h
Preço: 3€ (visita + actividade), 2€ (visita guiada), grátis (para sócios da Liga dos Combatentes e responsáveis/professores de grupos em visitas guiadas)
A Cache
A cache encontra-se -aproximadamente - no local onde antigamente se situava a Praia de Pedrouços.
É no período de 1852-1885, que a sociedade alfacinha consagra de “bom tom” os longos passeios à beira-mar, nomeadamente entre a burguesia ascendente já convertida ao Romantismo. E eis que surgem as primeiras praias alfacinhas, todas em Belém: O Bom Sucesso, a praia da Torre e a praia da “aldeia” de Pedrouços.
As crónicas da época falam de ilustres banhistas: Almeida Garrett que não dispensava a praia de Pedrouços, a marquesa de Rio Maior que a ela faz referência nas suas memórias. Segundo Ramalho Ortigão, Pedrouços tinha então um bom hotel, o Hotel Club dirigido por uma francesa, que esgotava no Verão.
Praia pequena, aburguesada, não tinha areia para tanta gente, nem “aposentos” para os mais exigentes. Diz Ramalho: “pela manhã, a gente abre a janela do seu quarto, deita a cabeça de fora e pode fazer a barba no espelho do seu vizinho do prédio fronteiro”.
Da praia de “bons ares”, aconselhada pelos médicos à família real, hoje não há vestígios. A gloriosa praia de Pedrouços e também a praia do Bom Sucesso, nas traseiras da actual Rua Bartolomeu Dias, restam na memória de crónicas e também de fotos.

