Monumento megalítico da Roça do Casal do Meio é um monumento megalítico localizado em Sesimbra, Portugal.
Situado numa encosta totalmente coberta de mato e pertencente à Quinta do Calhariz, este tholos de calcário local terá sido edificado durante a primeira metade do 1º milénio a.C., correspondendo, grosso modo, ao Bronze Final, tendo sido originalmente coberto por um tumulus de consideráveis dimensões.
Composto de câmara subcircular de falsa cúpula e corredor de acesso, este monumento funerário megalítico forneceu dois enterramentos aos quais se encontrou associado um significativo espólio, com especial destaque para alguns artefactos de bronze, como uma fivela de cinturão, uma fíbula, um anel e algumas pinças. Além destes, encontrou-se ainda um pente executado em marfim, bem como diversos recipientes cerâmicos, alguns dos quais apresentando o elemento decorativo conhecido por "ornatos brunidos".
Em termos formais a arquitectura deste monumento megalítico parece aproximar-se de outras estruturas similares existentes na Bacia do Mediterrâneo, com paralelos nas pequenas tholoi acracterísticas da época micénica, assim como nalguns nuraghes da Sardenha.
O túmulo funerário da Roça do Casal do Meio, classificado como de Interesse Público, é o monumento sesimbrense mais conhecido em todo o mundo. Uma simples busca na Internet assinala quase 11 mil registos. Em grande medida, essa fama deve-se a um estudo realizado pelo arqueólogo austríaco Konrad Spindler, em 1973-74, estudo que teve grande divulgação no mundo científico; (Spindler ficou também conhecido pelo estudo, mais recente, do Homem do Gelo, ou Ot). O interesse do monumento decorria de ter uma forma atípica para o período em que teria sido edificado: na Idade do Bronze. Também os adornos que foram encontrados junto aos dois corpos masculinos ali inumados – um pente e uma pinça depilatória – levantaram algumas dúvidas científicas.
Mais recentemente, o arqueólogo inglês Richard Harrison – que esteve em Sesimbra em Setembro de 2009, por ocasião do Encontro de Arqueologia – fez uma reinterpretação do trabalho de Spindler, colocando a hipótese daquele monumento funerário ter tido “duas vidas”: uma anterior à Idade do Bronze, sendo depois reutilizado neste período, em ambos os casos como túmulo.
Este local é um monumento fúnebre que já à muito que perdeu a sua imponência. No entanto, para todos os efeitos é um cemitério e deve ser tratado e respeitado como tal.
Nota importante: Foram descobertos vestígios de javalis numa área que vai desde a serra da Azóia até à Serra de S. Luis. Os javalis teem um mau feitio, principalmente as fêmeas com crias, e que podem atacar e investir contra qualquer coisa que os ameace. No caso das pessoas, as consequências podem ser trágicas, por isso recomenda-se prudência a todos que andarem nas serras.
|