Muxarro
Freguesia de Stº Isidoro Mafra
Concelho de Mafra
Distrito de Lisboa
No que respeita à Arqueologia Industrial o concelho é campo fértil, com os seus moinhos de vento e azenhas, estruturas típicas de produção rural.
Este moinho de dimensões muito reduzidas era para a moagem de cereais.
O moinho moía os grãos de cereais, milho, trigo e aveia que transformavam em farinha, para sustento das populações das aldeias vizinhas e quintas circundantes Bracial, Casal da Magancha, Monte Bom, Pucariça, Pedra Amassada. Foi assim certamente, durante alguns séculos, com este ou com outros moinhos, até aos meados do século XX.
Entretanto, surgia a revolução industrial e com ela, as moagens modernas, com motores a gasóleo e mais tarde as eléctricas.
Por outro lado, as terras de semeadora de cereais davam lugar aos grandes vinhedos e pomares. A par desta evolução, os moinhos foram moendo cada vez menos até pararem definitivamente. As populações mudavam de hábitos e preferiam pão mais leve, fornecido pelas padarias modernas que, ligadas às moagens, o faziam chegar às nossas casas, através dos seus transportes próprios.
Para uma parte das populações, era um bem que chegava e os aliviava de todo um trabalho, moroso e pesado, desde as sementeiras, colheitas, debulhas, trocar no moleiro os cereais por farinha, prepará-la e amassá-la e, por fim, cozer no forno, o seu próprio pão. Era um circuito longo e fatigante, sem caminhos adequados e sem transportes próprios.
Entretanto, com esta alteração de hábitos, os moinhos deixaram de funcionar, entraram em ruínas e, a profissão de moleiros chegava ao fim. Os seus filhos e familiares, procuraram novo rumo para as suas vidas, e hoje nem cearas, nem vinhedos nem pomares!!
Mais informação sobre os Moinhos de Vento do Concelho de Mafra em:
http://www.cm-mafra.pt/publicacoes/Boletim_Cultural_2006/271045_CM_03.pdf
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