Uma cache em homenagem aos pescadores.
Devido ao facto de ser um local difícil de logar com discrição, decidimos colocar o container muito próximo da rotunda. Pedimos que sejam delicados com o container… como alguns já sabem os nossos container dão bastante trabalho a criar. Esperamos que gostem!
Pesca é a extração de organismos aquáticos, do meio onde se desenvolveram para diversos fins, tais como a alimentação, a recreação (pesca recreativa ou pesca desportiva), a ornamentação (captura de espécies ornamentais), ou para fins industriais, incluindo o fabrico de rações para o alimento de animais em criação e a produção de substâncias com interesse para a saúde - como o "famoso" óleo de fígado de peixe (especialmente o óleo de fígado de bacalhau). Esta definição engloba o conceito de aquacultura em que as espécies capturadas são primeiro criadas em instalações apropriadas, como tanques, gaiolas ou viveiros.
Ainda ensonados e abotoando a roupa de todos os dias, descalços, os pescadores caminhavam para a praia, percorrendo, rotineiramente, a meia dúzia de quilómetros que a separava das suas casas. Para trabalho tão duro, apenas contavam com um frugalíssimo farnel, quase sempre broa, uma talisca de bacalhau – e nem sempre –, umas sardinhas da véspera, assadas ou fritas, e, para beber, já na praia, uns copos de maduro tinto. Era assim que decorria, quase sem alterações, o dia-a-dia dos nossos pescadores. Mais tarde, este mesmo trajecto seria percorrido pelas pescadeiras, na busca de peixe para vender pelas ruas da vila, num esforço físico impressionante, em nada inferior ao dos maridos, se considerarmos certas diferenças. Era assim que esta sacrificada gente vivia. Como ninguém, arriscavam a vida, remando pelo mar fora até o barco se perder de vista, para lançar as redes, que muitas vezes chegavam a terra com pouco ou sem pescado algum. Trabalho tão árduo, seria muito difícil de encontrar em qualquer parte do mundo, mas era assim na costa do Furadouro.
Em certas épocas do ano, mas muito especialmente quando a safra acabava, o único recurso para alguns era ir às pinhas, primeiro aos pinhais da nossa zona e, depois, bem mais longe daqui, a uns dez a quinze quilómetros dos seus casebres. Mal agasalhados e com o estômago vazio, saíam de madrugada, levando consigo os necessários apetrechos: vara de aproximadamente x metros, com uma pequena peça na ponta, a que davam o nome de tramelo, para derrubar a pinha, dois rapichéis, um bordão, e não sabemos se mais alguma coisa. Chegados ao pinhal, toca a trabalhar no duro.
Chegados à sua terra e antes de entrarem em casa, iam vender o produto do seu trabalho, as pinhas, a pessoas que depois as abriam ao sol para delas extraírem o pinhão que era vendido a negociantes, geralmente do Porto, para sementeira de pinhais.