Igreja de Mozelos (Azeite Santo)

Entre os anos de 1112 e 1128, D. Teresa fez doação desta igreja a Paio Guterres e, por morte deste, aos mosteiros de Cantei e de Santa Maria de Oia.
Em 1258, na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições desse ano, São Paio de Mozelos é fitada como uma das igrejas pertencentes ao bispado de Tui.
Em 1320, no catálogo daquelas igrejas, mandado elaborar, para pagamento de taxa, pelo rei D. Dinis, Mozelos foi taxada em 20 libras. Fazia parte do arcediagado de Cerveira, com o nome de "Sancti Pelagii de Moozelos".
Quando, em princípios do século XVI, as freguesias de Entre Lima e Minho foram incorporadas na diocese de Braga, D. Diogo de Sousa mandou avaliar os 140 benefícios da comarca eclesiástica de Valença. A igreja de Mozelos tinha de rendimento 23 réis, meia libra de cera, e 4 búzios e meio de pão meado.
Pertencia ao julgado de Coira e Fraião.
Em 1546, no Memorial feito no tempo de D. Manuel de Sousa, estava enquadrada na Terra de Coura, rendendo 30 mil réis.
O Censual de D. Frei Baltasar Limpo, na cópia de 1580, estudada pelo P. Avelino Jesus da Costa no seu trabalho "A Comarca Eclesiástica de Valença do Minho", refere que São Paio de Mozelos era da apresentação do mosteiro de Ganfei, no atinente à metade sem cura, e do prelado, quanto à restante metade com cura. Diz-se no mesmo documento que o arcebispo D. Diogo de Sousa havia promovido a desanexação da metade com cura desta igreja da de São Pedro de Formariz.
Segundo Américo Costa, São Paio de Mozelos foi abadia da apresentação da Mitra. Afirma ainda o mesmo autor que "havia nesta freguesia um benefício simples de metade da renda, que era da apresentação da Casa de Vila Real, e depois da Casa do Infantado".
Em termos administrativos, esta freguesia fazia parte da comarca de Monção, em 1839, e, em 1852 da de Valença. Em 1884, pertencia à comarca de Paredes de Coura.
Retirado de:
http://www.freguesiasdeportugal.com/distritoviana/05/mozelos/historia.htm