Paredes do Rio, é uma aldeia do distrito de Vila Real, concelho de Montalegre e freguesia de Covelães, situada na área do Parque Nacinal Peneda-Gerês. É uma aldeia tipicamente Barrosã, conhecida pelas suas belas paisagens, pela sua fartura de boa água pura e cristalina, pelos seus nove moinhos, todos recuperados e a funcionar, pelos canastros para guardar o milho ainda em espiga, pela “casa do engenho”, como lhe chamava o seu fundador, e meu avô, Adelino Gil, onde “trabalha” um dinamo, produzindo energia contínua de 110 V., uma serra de madeira, um moinho de cubo (tipo inglês) e o “pisão”, máquina também em madeira, destinada a “pisoar” a lã, transformando-se no “burel”, com que se faziam as capas, que bem agasalhavam nos nove meses de Inverno, que assolam o Barroso, pelas actividades culturais como o Cantar dos reis, o Sábado filhoeiro, o Carnaval, a Queima do Judas, a Desfolhada do milho, o S.Martinho, a Segada, a Carreja, a Malhada do centeio e a Matança do porco bísaro, promovidas pela Associação Social e Cultural de Paredes do Rio, sempre apoiada pelos habitantes desta aldeia e a quem presta apoio domiciliário não só local mas também em aldeias vizinhas.
Paredes do Rio, tem também uma bonita igreja, cujo padroeiro é Santo António. Igreja de planta longitudinal composta por nave única, capela-mor rectangular e torre sineira destacada. Retábulos de talha. Nave com coroalto, tendo do lado do Evangelho, púlpito com balaústres em madeira e altar sob arcossólio junto ao ângulo. Arco triunfal de volta perfeita com frontaleira de talha dourada, ladeado por altares. Na capela-mor, altar em talha dourada e janela do lado da Epístola. Os tectos são de madeira de perfil curvo, pintados com medalhão ao centro da nave, com a imagem do padroeiro (Santo António) e imagem de São Marcos na capela-mor. A torre sineira é constituída por pano de parede que se desenvolve em altura, com cunhais apilastrados, encimado por campanário com dois arcos sobrepujado por pináculos.Esta igreja tem uma das mais belas talhas do Séc. XVIII.