Ançã é uma vila e freguesia portuguesa do concelho de Cantanhede. Foi elevada a vila em 12 de Julho de 2001. O nome Ançã é de origem romana ou, pelo menos, de influência romana. Teriam sido os monges italianos a atribuir-lhe esse nome devido à abundância de água e de caça. Abbondanza (abundância) terá, pelo princípio do menor esforço, sido reduzido às duas sílabas finais Anza.
Porém, na Enciclopédia Luso-Brasileira podemos ler: 'É possível que fundada em um vale – como escreveu o Padre Cardoso – e daqui vai subindo a um monte, nesta, tivesse existido um castro que fosse a matriz originária de Vila Antiana, de Antius, estando-se em presença um dos poucos topónimos deste tipo que se mantêm por todo o País”. O nome da localidade foi evoluindo com o decorrer dos tempos: Antiana> Anzana> Ançãa, Ançã. Ergue-se no cimo de um outeiro, do lado oposto à Várzea, denominado Peixeira, por onde corre a Ribeira de Ançã. Do cimo do outeiro desfruta-se de uma bela paisagem sobre Ançã.
(photo by avieira)
IGREJA NOSSA SRA DO Ó
Não se conhece a data da construção da Igreja Matriz de Ançã. No jornal “Ançanense”, n.º 2, de 16 de Maio de 1914, pode ler-se “Na noite de 3 de Outubro de 1783, das 8 ou 9 horas até à meia-noite, ardeu a Igreja desta vila de Ançã, por descuido de um carpinteiro que no coro da mesma Igreja estava a fazer um retábulo para a Capela do Senhor Jesus: deixou um fogareiro aceso”.
Certo é que, em 1789, a Igreja Paroquial de Anca encontrava-se ainda bastante arruinada, o que levou o Bispo D. Francisco de Lemos a ordenar a sua reconstrução.
Na Igreja existem imagens do século XV e XVI. A imagem da Virgem e o Menino é imã escultura do Mestre João Afonso, o chamado Mestre das Alhadas. Representa Nossa Senhora sentada, com o menino ao colo, e é feita de calcário policromado.
O Inventário Artístico de Portugal, fala-nos de uma outra imagem do século XV – “Santa Luzia” – que, infelizmente, desapareceu.
Em dois nichos da capela-mor estão duas esculturas de pedra, da segunda metade do século XVI, representando S. Pedro e S. Paulo.
A frontaria da Igreja está repartida verticalmente em três partes por meio de pilastras e tem remate ondulado. Foi construído no século XIX, como esclarece a inscrição: “Era de 1812”.
No interior, a Igreja tem três naves, separadas por duas arcadas dóricas, de cinco arcos cada. O coro ocupa o primeiro tramo e é sustentado com três arcos frontais. O interior tem três naves, é do século XVII, mas os arcos foram renovados na era da inscrição.
PALÁCIO DOS DONATÁRIOS
Junto ao Pelourinho, este imóvel seiscentista de planta regular pertenceu a D. Álvaro Pires de Castro, 1.º Marquês de Cascais e Senhor da Vila de Ançã. Viveu na sua residência durante os seus últimos sete anos de vida, falecendo a 11 de Julho de 1812.
O alçado principal, virado para o Terreiro de Paço, exibe magníficas janelas de avental, em pedra da região, típicas da arquitectura popular dos séculos XVII e XVIII.
Nota: Imóvel Particular não visitável
A CACHE:
Contentor micro, contém apenas logbook. Não tem material de escrita.
Aproveitem para apreciar toda a zona envolvente que é bem gira.
Fotos são muito bem-vindas ;)
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