Artefactos de Madeira Recordando a Eira do Penedo, na típica e castiça vila do Soajo. São cerca de duas dezenas de espigueiros, juntos uns com os outros, constituindo um volumoso afloramento de granito do Séc. XVIII. Os espigueiros do Soajo têm fendas verticais no canastro. Telhados de duas águas e pilares de sustentação.
Artefactos de Metal A Latoaria e os cobres em Vila de Punhe, com as suas candeias, cornetas e trombones são hoje adornos e decorações muito em voga em casas rústicas e senhoriais.
Artes Decorativas A cantaria tem como matéria-prima o granito. Os canteiros tradicionais utilizam apenas o martelo, o cinzel, o esquadro e o metro para moldar o granito em bruto, transformando-o em esbeltas formas de arte: bicas de água (carrancas), conchas, relógios de sol, santos populares, fogões de sala, chafarizes e fontanários.
Artes de Festa Antes, era o couro e o palhão. Hoje, é o papel metalizado. Ramos de andores. Tem uma única face, com um fundo em forma ovóide, frisado em nervuras. Sobre estas colaram-se flores, do mesmo papel, de pequenas folhas, igualmente nervuradas. São montadas em armação de arame.
Artesanato Urbano Caracterizado pela produção de objectos a partir de técnicas tradicionais em série limitada, plasticamente expressivos com uma maior aproximação à arte erudita ou pela produção de peças originais e únicas, fruto da vivência urbana dos artesãos. Exercem, normalmente, a actividade a tempo inteiro e são oriundos de profissões artísticas.
Bonecas Regionais Se o trajar no Alto Minho é o mais lindo do mundo, é lógico que se preparem e vistam a rigor as mais belas bonecas com o traje regional. De pano, de jornal, de cerâmica ou outros materiais, têm hoje mercado próprio, mesmo de coleccionadores que procuram adquirir os variados trajes da Região.
Bordados e Rendas Bordar e rendar significa no Alto Minho realidade e sonho. Mãos rudes que se transformam em arte de princesas. A mistura de delicados abertos com pontos de feitura simples e segura. As combinações em arco-irís ou a sobriedade distinta de uma cor única.
Cerâmica Com o impulso de Marquês de Pombal em meados do Séc. XVIII, a Cerâmica nacional adquiriu um papel de relevo. Destaca-se, então, Viana do Castelo, devido ao fino caulino extraído das barreiras de Alvarães que deu origem, qualidade e valor artístico à sua faiança (louça de pó de pedra), e bem conhecida como Louça da Meadela.
Chinelas e Socas Para além do seu aspecto utilitário, fazem parte integrante do 'traje' do Alto minho, sejas as características 'Chinelas' da lavradeira, bordadas a cores, ou as 'clássicas' socas em que o cabedal é entaxado no pau, aplicando-se uma tira de couro (traje de trabalho; traje de domingar). Se fechados, chamamos-lhe botas; se abertos, tamancos ou socas.
Olaria O figurado de Barcelos é uma das mais autênticas expressões do imaginário popular português. Neste tipo de artesanato, o artesão transpõe para o barro o quotidiano e a forma de ver o mundo. São peças todas feitas à mão, pintadas, vidradas e a que cada artesão dá a forma própria.
Tecelagem O linho passa por muitos trabalhos, os chamados 'tormentos' do linho. Ripado e alagado. Masgado. Depois espadelado no cortiço. A seguir, vem o pente e o assedeiro. E, finalmente, a roca e o fuso. Pronto o fio fazem-se meadas no sarilho. E, se o linho se destina aos teares, passa-se das meadas para a dobadoura e as caneleiras.
Trajes Regionais As saias que podem ser de três tipos: regional, às moscas ou de cordões; os aventais de flores, mais conhecidos por aventais de rosas e que são a sequência dos aventais aos 'cadros'; os coletes com fitilhos, bordados a lã, missangas e vidrilhos; as algibeiras de trabalho de domingar, de festa , e de mordoma e noiva são, ainda hoje, as obras primas das nossas Tecedeiras.
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