Mais conhecido como contista, Manuel Lopes Fonseca, foi também poeta e romancista. Nasceu em Santiago do Cacém, mas foi em Lisboa que frequentou o liceu Camões e a Escola de Belas Artes. Aí também teve vários empregos: empregado de escritório, jornalista, redator publicitário. Desde cedo, colaborou em inúmeras revistas e jornais culturais como: Afinidades (revista luso-francesa, Faro, 1942-1946), Altitude (Coimbra, 1939), Árvore, Cadernos de Juventude (Coimbra,1937), A Capital, O Diabo, Diário (Suplemento Cultural), JL,Sol Nascente, Vértice.
A sua escrita esteve sempre fortemente ligada ao neo-realismo, quer nos poemas -destaque para a coletânea Rosa dos Ventos, saída em 1940, ou para Planície, saída no ano seguinte. O universo rural, os pequenos espaços, a vida no campo, as frustrações sociais são alguns dos temas e das preocupações que a sua obra, em especial, os contos, refletem. Um bom exemplo é o conto “O Largo”, integrado na coletânea O Fogo e as Cinzas (1951), síntese de uma vivência rural e simultaneamente de um mundo em mudança.
Manuel Fonseca escreveu ainda dois romances, Cerromaior (1943) e Seara de Vento(1958). Publicou um livro de crónicas, intitulado Crónicas Algarvias(1986).
Em Santiago do Cacém há uma escola secundária com o seu nome.
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