Peixe de até 20-25 cms de comprimento, alargado, com cabeça pequena; a mandíbula superior ultrapassa ligeriamente a inferior, a qual tem um barbilho de igual comprimento ao diâmetro da órbita do olho. O corpo é mais alto que o comprimento da cabeça, com a linha lateral um pouco curva na parte anterior. Tem três barbatanas dorsais, de 11-14, 20-24 e 18-20 raios moles cada uma. A barbatana pélvica tem 6 raios moles, anterior à peitoral, de 17, com uma mancha escura na base. Possui duas barbatanas posteriores próximas às dorsais, com 30-34 raios a primeira, que surge à altura da primeira dorsal, e 19-22 a segunda. Tem o ânus à altura da metade da primeira dorsal. Possui coloração bronze pálida sobre a linha lateral, com bandeado vertical mais escuro (4 ou 5 bandas), e cinzento prateado na zona ventral. As barbatanas mais escuras possuem um fino ponteado negro, sendo as peitorais ocre e as ventrais esbranquiçadas.
Os indivíduos jovens encontram-se em águas pouco profundas, em baixos rochosos ou arenosos, entre as rochas, atingindo a maturidade sexual ao fim de um ano de idade, enquanto que os adultos vivem em águas mais profundas, entre 30 e 100 metros de profundidade. Desova na Primavera, entre os 50 e os 70 metros, sendo os ovos dispersos pelas correntes. Alimenta-se de vermes que encontram enterrados com o barbilho, de crustáceos, calamares e outros peixes pequenos.
Espécie de natureza gregária, encontra no cardume a segurança e a defesa contra os predadores. Vulgar ao longo da costa portuguesa, o seu número tem vindo a decrescer gradualmente, possivelmente devido à contaminação dos estuários.. Essencialmente carnívora quando adulta, ocorre até aos 150 metros, aproximando-se da costa entre os meses de Outubro e Fevereiro.
Apresenta uma boca grande com pequenos dentes e a maxila inferior proeminente com barbilho, utilizado como órgão sensitivo, olhos grandes e salientes adaptados à visão em águas profundas, onde a iluminação é escassa. Cresce só até aos 40 cm, cor de cobre com manchas escuras no dorso e uma mancha preta na base das barbatanas peitorais. Corpo fusiforme, barbatanas sem raios espinhosos, e excelente nadadora, alimenta-se preferencialmente à noite e de uma forma muito rápida.
A sua pesca não apresenta grandes dificuldades, embora a sua 'picada' seja leve e nem sempre fácil de sentir. Como costuma ocorrer em cardumes de vários indivíduos, devem montar-se 2 a 3 anzóis não muito grandes e a diferentes alturas, utilizando-se como isco filetes de sardinha, cavala ou carapau, minhoca do mar, ganso ou casulo, de preferência durante a noite e em águas de alguma profundidade. É um peixe de fácil captura devido à sua natureza voraz. A carne da faneca é muito saborosa, embora não muito rija, e de conservação difícil, o que requer alguns cuidados.
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