
IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA FRAGA DO POIO
Designação: Fraga do Poio - Tipo de Sítio: Povoado Fortificado - Período/Notas: Idade do Ferro
Descrição: Povoado fortificado de pequena/média dimensão situado sobranceiramente à Ribeira dos Juncaínhos, curso de água subsidiário do rio Sabor.
O local possui boas condições de defesa natural, uma vez que aproveita parte de um relevo em esporão que sobre o lado sul é interrompido por uma arriba vertical com uma altura superior aos 100 metros.
O local é designado pela Fraga do Poio e desenvolve-se numa pequena plataforma de configuração subcircular. Só no sector norte, muito próximo das ruínas de uma casa de apoio agrícola, é possível identificar os vestígios materiais de uma portentosa muralha realizada à base de pedra partida de xisto, um torreão, um fosso escavado no afloramento rochoso, e imediatamente a seguir, um campo de pedras fincadas já muito destruído.
Os vestígios estruturais desta complexa arquitetura defensiva detectam-se exclusivamente na zona de maior vulnerabilidade do local, como o é, efetivamente, o sector mais meridional do esporão.
O complexo defensivo protege um perímetro interno onde sobressai uma pequena plataforma mais propícia ao assentamento de estruturas habitacionais.

IMPORTÂNCIA NATURAL E PAISAGÍSTICA
A Fraga do Poio é um miradouro dos melhores que existem ao longo do curso do Rio Sabor. Eleva-se a mais de 529 metro de altitude (há uma marcação no local), permitindo ver uma bonita queda de água na ribeira de Juncaínhos e acompanhar visualmente esta ribeira até ao Rio Sabor. Mais para norte é visível o local da Barca, onde se fazia a travessia do rio Sabor e outra enorme formação rochosa próxima de Castro Vicente.
A riqueza da flora e da fauna é muita, mais ou menos visível, dependendo da estação do ano.
Flora - Trovisco (Daphne gnidium L.), Madressilva (Lonicera implexa), Cravinho (Dianthus lusitanus), Espargueira (Asparago aphylli), Zambulho (Olea europaea var. sylvestris), Arçanhas (Lavandula stoechas), Ramo de Raposa (Paeonia broteroi) , Gilbardeira (Ruscus aculeatus), Zimbreiras (Juniperus communis), Sobreiro (Quercus suber), Cornalheira (Pistacia terebinthus), Carrasco (Quercus coccifera), Esteva (Cistus ladanifer L.), Urze (Erica cinerea), Giesta branca (Cytisus multiflorus), Roselha-maior (Cistus albidus L.) e Medronheiro (Arbutus unedo L.).
Fauna: Pombo torcal (Columba palumbus), Boubela (Upupa epops), Alcaforro (Gyps fulvus), Marigacho (Garrulus glandarius), Pito-barranquês (Merops apiaster), Cuco (Cuculus canorus), Perdiz-vermelha (Alectoris rufa), Coelho-Bravo (Oryctolagus cuniculus) e Javali (Sus scrofa).
Nota: alguns nomes vulgares são regionalismos.
Em 2010 foi levantada uma espécie de varanda, dando mais segurança no miradouro e aberto um estradão mesmo até junto do “precipício”.

COMO CHEGAR À CACHE
“Todos os caminhos vão dar a Roma”, mas alguns são demasiado demorados. É muito difícil aceder a esta cache de carro ligeiro, não sendo impossível, não é recomendado. Assim, há duas alternativas: veículo todo-o-terreno ou caminhando (sendo eu adepto desta última alternativa).
O percurso desde a aldeia de Brunhoso até à Fraga do Poio é de pouco mais de 5 km, demorando cerca de uma hora. Ida e volta, por caminhos diferentes são perto de 10 km. O percurso pode ser descarregado para vários modelos de GPS aqui.

CONTEÚDO DA CACHE
Inicialmente a cache contém o logbook, um lápis, um pin de Vila Flor, um pedaço de cortiça e dois paus de funcho.