Padroeira da antiga povoação do mesmo nome.
O texto mais antigo que se conhece e que data de 1265, é a doação da aldeia, feita pela Ordem dos Templários, em Castelo Branco, a Dona Teresa Afonso Melo: "damos e cõcedimos doñe Tharasie Alfonsi de mellini quandam nostram aldeam que dicitur Sadarcha que est in termino de felgosino..." A tradução exata de Sadarcha é Sadarça.
Esta forma cedo evoluiu, através da linguagem popular e dos escribas que a reproduziam. Existem várias formas documentadas, que seguiram uma evolução fonética, histórica e linguisticamente correta, até a forma atual "ASSEDASSE".
A história da capela, onde é venerada e festejada a Padroeira de Assedace, está envolta em piedosas lendas seculares. Um dia o povo de Folgosinho resolveu construir uma capela a Nossa Senhora, para lá do Alto, no lugar do mirante, onde hoje existe um Cruzeiro, à vista do Rio Mondego e de Assedace. Transportavam para ali, em carros de bois, toda a pedra, cortada nas pedreiras mais próximas e outro material necessário para a construção. Marcaram o dia para o inicio das obras e o pessoal, armado das ferramentas necessarias, ei-lo, calçada acima, a caminho da Portela, em direcção ao Pigarço, para o local indicado. Finalmente chegados a decepção e o desencanto foram gerais. Do material ali reunido, nem vestigios. Procuraram em redor, em matagais e barrocas. De repente todo o material de construção da capela foi encontrado, mesmo junto ao mondego, num verdejante, onde abundavam árvores centenárias, arbustos de várias espécies e bicharia que ali se ocultava. Assim, o pessoal, imediatamente, carregou todo o material para o lugar planeado, onde agora se encontra o Cruzeiro do Miradouro de Assedace.
No dia a seguir, ao amanhecer, sobem de novo ao local... e o material tinha novamente desaparecido. Instintivamente, como que inspirados por uma luz interior, assumiram que a Nossa Senhora queria a capela lá em baixo. As obras começaram e, como que por encanto, toda a bicharia que infestava aquela área, desapareceu por completo.
Os pastores daquelas serras têm grande devoção por aquela "Senhora" e o povo de Folgosinho cumpre o VOTO de Folgosinho. Segundo o que se sabe, o mesmo foi transmitido de gerações em gerações e a sua origem terá sido ha muitos anos atras, numa altura de seca, em que os campos definhavam, dia após dia. Os homens, impotentes, reuniram-se e foram à Srª Dassedace, em romaria, com o Pároco à frente, implorar a Sua Intervenção, comprometendo-se solenemente a ir lá todos os anos.
Ainda hoje, o povo de Folgosinho cumpre a processa feita no passado e ruma à Capela da Senhora, iniciando o percurso em Folgosinho e passando pelo Cruzeiro.