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CRUZEIRO ALQUEIDÃO Traditional Cache

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TEAM JH71: ...

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Hidden : 04/04/2014
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

Local onde se pode descansar e observar a serra e o mar.

Agradeço que não publiquem fotos do container.


O aparecimento do Cruzeiro remonta aos primeiros séculos do cristianismo. Procurou-se cristianizar todos os sítios e monumentos pagãos. A cruz era o símbolo usado para levar a cabo o processo de cristianização.

Com o imperador Constantino a cruz tornou-se no elemento simbólico dos cristãos.

Assim, os Cruzeiros surgem ligados à cruz dos cristãos. São símbolos da crença de um povo, marcos apontados à fé dos caminheiros e de todos aqueles que os veneram, marcando a fé dos que os erigiram como promessa.

São padrões “ por excelência da cristandade. Em terra cristã é símbolo de crença e elemento falante na paisagem humanizada. Vai do interior de povoações até aos píncaros do horizonte, por estradas amplas e caminhos rústicos. Reduzem-se à maior simplicidade de, ou a aprimoram feição artística, de granito rude, ao mármore fino, imagem de Cristo pintada ou esculpida, em alto-relevo ou em pleno corpo; ou com figuras complementares”.

Com a Contra Reforma valorizou-se ainda mais a existência do purgatório, assim como o uso de indulgências para redimir a pena por pecados cometidos. Isto originou a que fossem edificados muitos Cruzeiros para obterem em vida alguns méritos para o momento da morte.

Os Cruzeiros têm aquela rara e única beleza que a alma lhes dá e os olhos não conseguem vislumbrar e que só a fé faz ver.

Um Cruzeiro é uma “ grande cruz de pedra, erguida ao ar livre, no adro de igrejas, ou em encruzilhadas, praças, cemitérios, (...)”.

Estão colocados nas bermas dos caminhos, nas praças, no alto dos montes, perto das povoações ou isoladas. São mais ou menos monumentais, com primores de pendor artístico uns, outros lisos.

Os Cruzeiros representam o espírito popular da devoção religiosa. Contudo, nem sempre esta causa foi determinante para a sua construção, pois muitos serviram para marcar acontecimentos de pendores variados e para proteger contra influências maléficas e feitiçarias os caminhos, as encruzilhadas e os largos das aldeias.

Por trás de cada Cruzeiro existe uma história relacionada com uma situação triste ou dramática, assim como uma profunda devoção.

Os Cruzeiros têm sempre uma relação direta com os mortos.

“ Nas encruzilhadas das incertezas, por onde um parte e por onde outro vem, está o cruzeiro de pedra, como testemunho das mais íntimas ânsias”

No local onde se cometeu um pecado, onde se adorou um ídolo pagão, onde aconteceu uma tragédia, uma violação, um assalto, edifica-se um cruzeiro.

Marcam, pois, locais de acontecimentos individuais ou públicos, quer históricos, quer religiosos.

Muitos dos aspetos da vida interior dos cruzeiros aparecem plasmados nas suas inscrições.

Os que se localizam nas encruzilhadas tinham como função cristianizar um local entendido como maléfico pelo povo, pois aí realizavam-se rituais pagãos que remontavam ao culto dos Lares Viais.

Os Cruzeiros sagram locais, dominam e protegem os campos. Recordam epidemias, assinalam momentos históricos, pedem orações e sufrágios e servem de padrões paroquiais nos adros das igrejas e capelas.

Normalmente não têm grande valor histórico e artístico, contudo há alguns que são bons exemplares, bem desenhados e esculpidos. Há inscrições memorativas que distinguem muitos deles.

Constituem ótimos elementos para o estudo das crenças, dos costumes, qualidades e tendências artísticas do povo, nas várias épocas da sua história.

Não existe no entanto registo histórico deste cruzeiro em particular.

 

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