Esta capela [de Santa Luzia] toda a vida foi de Sendim. Mas os de Arcos diziam que não, que estava no meio dos terrenos da freguesia deles e que se situava mais perto de Arcos, isto e aquilo… e que, por isso, não podia ser de Sendim. Teimavam que a capela era deles. E, está claro, os de Sendim teimavam que não, que toda a vida a capela foi sua. Então, um dia qualquer, que já não é da lembrança de ninguém, resolveram fazer uma procissão a sair de Arcos e outra a sair de Sendim. Marcaram uma hora de partida e disseram: — Vamos lá ver então qual é a que chegar primeiro à capela! A que chegar primeiro… é porque a santa lhe pertence! E, está claro, ganharam os de Sendim. Muitos de Arcos andaram sempre a dizer que os de Sendim tinham partido já mais adiantados, e que só por isso chegaram primeiro; outros acreditam que os de Sendim chegaram primeiro porque a santa assim o quis. Que foi a vontade dela. Tem a sua romaria, no dia 13 de Dezembro, naquele local. Cache de tamanho micro, sai a direito da porta da capela, e evita cair no precepicio.