Nos povoamentos juvenis, o modelo de silvicultura até à desbóia contempla duas podas de formação e dois desbastes. Os sobreiros jovens ramificam desde a base do tronco, o que obriga à realização de desramações, ou corte de ramos vivos, para que se proporcione, na idade adulta, uma forma do tronco adequada à produção e extração de cortiça. Esta forma ideal corresponde a um tronco sem ramos, direito, com 2 a 3 m de altura, com pernadas bem distribuídas, e uma copa bem arredondada e arejada. A primeira poda de formação ou desramação deve ser executada com moderação e o máximo de cuidado, pois este corte pode debilitar os sobreiros e atrasar o seu crescimento em diâmetro. A primeira poda de formação realiza-se quando o chaparro está praticamente ainda em moita, nos primeiros 3 a 6 anos de idade, até uma altura de 1 a 1,5 m suprimindo os ramos ao longo do tronco. A segunda poda de formação, executada entre os 10 e os 15 anos, quando o sobreiro atinge 3 m de altura, assegura a limpeza do fuste até 1,5 m a 2 m de altura, mas exigindo-se sempre que a poda não atinja mais do 1/3 da altura total. A segunda poda de formação pode coincidir com um primeiro desbaste o povoamento juvenil para supressão de árvores raquíticas ou mal formadas. As limpezas de mato têm periodicidade de 5 anos, podendo realizar-se até quatro a cinco limpezas de mato antes da desbóia.
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