Dia 37 - Uma Alternativa
Mr. Fogg dirigiu-se de imediato para as docas à procura de um navio que estivesse de partida e que serviria como alternativa. Após percorrer o porto durante três horas, e sem nada encontrar, foi abordado por um marinheiro na entrada do porto.
— Vossa Honra procura um barco? perguntou-lhe o marinheiro.
— Tem um barco pronto para partir? perguntou Mr. Fogg.
— Sim, o barco de pilotagem n.° 43, o melhor da frotilha.
— Encarregar-se-ia de levar-me a Yokohama?
O marinheiro, a estas palavras, deteve os movimentos do braço, esbugalhou os olhos.
— Perdi a partida do Carnartic, e preciso estar dia 14, o mais tardar, em Yokohama, para tomar o paquete para São Francisco.
— Lamento, respondeu o piloto, mas é impossível.
— Ofereço cem libras (2.500 F) por dia, e uma gratificacão de duzentas libras se chegar a tempo.
— A sério? perguntou o piloto.
— Muito a sério, respondeu Mr. Fogg.
Após alguma hesitação, devido ao perigo de uma viagem tão longa num barco assim pequeno, o piloto propõe:
— O paquete para São Francisco não parte de Yokohama. Faz escala em Yokohama e em Nagasaki, mas o seu porto de partida é Xangai. Podemos ir apenas a Xangai, oitocentas milhas de Hong Kong, de onde o paquete sai dia 11, às sete da noite. Temos, pois, quatro dias pela frente. Em meia hora estaremos a bordo.
— Mas o pobre rapaz... disse Mrs. Aouda, a quem o desaparecimento de Passepartout preocupava extremamente.
— Vou fazer por ele tudo o posso fazer, respondeu Phileas Fogg.
E, enquanto Fix, nervoso, febril, raivoso, se encaminhava para o barco-piloto, os dois dirigiram-se para os escritórios da polícia de Hong Kong. Phileas Fogg deu a descrição de Passepartout e deixou uma quantia suficiente para o repatriar, repetindo a mesma formalidade junto ao agente consular francês. O palanquim, após passar pelo hotel, para buscar as bagagens, reconduziu os viajantes ao embarcadouro.
Localização das quatro cidades referidas / The location of the four cities in the text
Day 37 - Alternative
Mr Fogg headed at once for the docks in search of a ship about to set sail. For three hours Fogg worked his way around the port, when suddenly a sailor accosted him on the Outer Harbour.
‘Is Your Honour looking for a boat?’ he said.
‘Do you have one ready to sail?’
‘Yes, pilot-boat No. 43, the best in the fleet.’
‘Will you agree to take me to Yokohama?’
The sailor just stood there, his arms hanging limp and his eyes wide open.
‘I missed the Carnatic, and must be in Yokohama by the 14th at the latest, in time for the San Francisco steamship . . .’
‘I’m sorry,’ replied the pilot, ‘but it can’t be done.’
‘I’ll pay ,100 per day, and a reward of 200 if I arrive on time.’
‘Are you in earnest?’
‘Deadly.’
The pilot stood aside for a few moments thinking of the danger of a small ship in such a long voyage, then he said:
‘The steamship for San Francisco doesn’t start from Yokohama. It calls at Yokohama and Nagasaki, but it starts from Shanghai. we can to Shanghai, 800 miles from Hong Kong, from where it leaves at 7 p.m. on the 11th. We’ve got four days. In half an hour we'll be on board.’
‘But what about your poor servant . . .’ said Mrs Aouda, extremely worried about Passepartout’s disappearance.
‘I shall do everything I can for him,’ answered Fogg.
And while Fix, jittery, feverish, angry, headed for the pilot-boat, the two of them made their way to Hong Kong Police Station. Phileas Fogg provided a description of Passepartout and left money for him to be repatriated. The same was done at the French Consulate, and then the palanquin passed by the hotel, picked up the luggage, and took the travellers back to the Outer Harbour.
Leia o livro completo "A Volta ao Mundo em 80 Dias", esta parte no capítulo XX.
Read the complete book at "Around the World in 80 Days", this part in chapter XX.
|