A Lenda
Havia lá para os lados do vale do Rio Coura um pastor que todos os dias, ainda mal o sol nascia, juntava a cabritagem toda da aldeia e abalava encosta acima.
Amiúde escolhia uma sombra bem escolhida e de palha na boca e boné sobre os olhos, “pensava na vida”, enquanto as cabras e bodes por ali ruminavam.
Certo dia, o Zé da Abelha despertou esbaforido com um som todo estralhaçado assim como que uma ventania a dar nas copas das árvores, o ar cheio de pó como se um penedo tivesse caído ao trambolhão pela serra abaixo e as cabras aos berros como se o lobo estivesse no meio delas…
Quando as coisas acalmaram descobriu o Zé que faltava uma cabrita, das mais bonitas do rebanho, que ainda por cima era do Ti Manel das Minguas, o sacana do avarento que lhe iria romper o fundo das calças ao pontapé quando desse pela falta..
Mas o maior mistério, é que o Zé procurou, procurou e não encontrou sinais nem da cabrita nem da besta que a terá levado.

Ninguém na aldeia acreditou na história que contou de uma besta alada que levara a cabrita sem deixar rastos…
O Zé acabou por abalar e procurar trabalho noutras paragens, porque segundo ele, aquelas encostas estavam pejadas de coisas ruins.
Outros pastores vieram, mas nenhum durou muito. Mais tarde ou mais cedo, acabavam por contar a mesma história. Que alguma coisa veio e lhes levou uma cabra sem deixar sinal.
A aldeia bateu o vale e as encostas da serra à procura destas aves raras, destas bestas voadoras que nunca ninguém viu, mas nunca encontrou sinais delas….
Terás tu mais sorte? Poderás tu desmistificar estas histórias de uma vez por todas?
A Cache
Pequeno contentor. Manusear com cuidado.
NÃO TEM MATERIAL DE ESCRITA.
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