|
Como reclamar esta cache:
As coordenadas publicadas levam-nos a um local onde é possível observar a Praia da Baía de Espinho.
Para reclamar esta cache como encontrada deverá enviar um e-mail com as respostas corretas das seguintes perguntas:
1 - Qual a dimensão média (mm) dos sedimentos (areia) existentes nas coordenadas publicadas?
2 - Nas coordenadas publicadas existe uma rocha com uma tonalidade diferentes das restantes que se encontram na envolvente. Qual a sua cor?
3 - Após leitura da página da cache, explique, por palavras suas, a formação da Praia da Baía (qual a razão de ter um areal mais pequeno do que a praia existente a norte, de onde vêm os sedimentos, entre outros aspectos que considere pertinentes).
Se acredita ter concluído com sucesso os objetivos desta Earth Cache e já enviou as respostas conforme solicitado, sinta-se à vontade para a registar como encontrada. Mesmo não sendo obrigatório, será bem vinda uma fotografia sua ou do seu GPSr tirada no local (desde que não revele as respostas solicitadas).
|
How to claim this cache:
The cache's coordinates take you to place where's possible to observe the "Praia da Baía" of Espinho.
To claim a find for this cache you should send the owner an e-mail with the answers to the following questions:
1 - What is the average dimension (mm) of the sediments (sand) present at the posted coordinates?
2 - On the posted coordinates it’s possible to observe a rock with a different color from other rocks at this place. What is the color of that rock?
3 - After you read the page from the cache, explain, in your own words, how the beach have been developed (why this beach has an smaller areal than the existing beach on the north side, what 's the origin of sediments and other aspects that you consider relevant).
If you think that you have successfully accomplished all the goals of this EarthCache and have already sent the answers to the owner, feel free to log the cache has found.
It is not mandatory, but you’re welcome to post a photo of you with your GPSr taken at the cache spot, provided that it won't reveal any of the answers.
|
|
|
|
Baía de Espinho
A erosão costeira acontece sempre que o mar avança sobre terra e mede-se em termos de taxa de recuo médio ao longo de um período suficientemente longo, de forma a eliminar a influência do estado do tempo, de tempestades e dos movimentos locais de transporte sedimentar. Entre outros impactes (ou riscos) causados pela erosão está a destruição de sistemas de defesa costeira naturais (sendo os mais comuns, os sistemas dunares) como consequência de eventos singulares de tempestade; este facto resulta no aumento da vulnerabilidade a inundações de zonas interiores muitas vezes localizadas a cotas inferiores
A erosão costeira resulta usualmente da combinação de factores, naturais e antrópicos, que operam a diferentes escalas. Os mais importantes factores naturais são: o vento, as tempestades, as correntes junto à costa, a subida relativa das águas do mar (a combinação do movimento vertical da terra com a subida das águas do mar) e o deslizamento de taludes. Entre os factores antrópicos capazes de gerar erosão encontram-se: as intervenções de engenharia costeira, os aterros, a artificialização das bacias hidrográficas (especialmente a construção de barragens), as dragagens, a limpeza de vegetação e a extracção de água e gás.
Local afetado por erosão costeira
Os processos de erosão e acreção costeiras sempre existiram e contribuíram no curso da história para modelar as paisagens costeiras, configurando uma grande variedade de tipos de costa. Em algumas áreas, a erosão de zonas interiores induzida pela precipitação e movimentos ao longo das margens fornece uma quantidade significativa de sedimentos. Estes sedimentos conjuntamente com os de origem na erosão de formas costeiras (tais como arribas e bancos de areia) fornecem o material essencial para o desenvolvimento de recifes, zonas lodosas, zonas húmidas (salinas), praias e dunas. Por outro lado, estes ambientes costeiros providenciam uma imensa variedade de benefícios, nomeadamente localizações óptimas para as actividades económicas e recreativas, protecção contra a inundação de zonas baixas, dissipação da energia das ondas durante tempestades, redução da eutrofização de águas costeiras, assim como zonas de nidificação para a fauna. Dependendo do seu tipo, as medidas de mitigação da erosão costeira podem gerar novos problemas noutras áreas.
A adopção de medidas de mitigação da erosão costeira devem ter em conta a corrente de deriva litoral. Corrente de deriva litoral são as correntes induzidas por ondas que se aproximam obliquamente do litoral e que movimentam uma enorme quantidade de sedimentos, que são transportados ao longo do litoral.
Quando a frente de onda é paralela à costa as correntes induzidas são mínimas e os sedimentos fazem apenas um movimento de vai e vem, fluxo e refluxo, não sofrendo transporte lateral. Quando as ondas se aproximam obliquamente os sedimentos fazem uma trajetória em zig-zag, isto é, no fluxo são transportados para cima e para o lado e no refluxo da onda sãoo transportados diretamente para baixo sem movimento lateral.
Deriva litoral
Nos últimos 100 anos, o limitado conhecimento sobre os processos de transporte sedimentar pelas correntes de deriva litoral resultou, em muitos casos, na opção por medidas de mitigação inadequadas. Em diversos locais, as medidas levadas a cabo para suster a erosão costeira resolveram o problema localmente mas aceleraram o fenómeno em locais próximos ou geraram outros problemas ambientais.
As obras de engenharia assumem um peso determinante face aos problemas actuais de erosão, que têm causas múltiplas e colocam em risco a estabilidade da geomorfologia costeira.
Podem distinguir-se dois tipos de intervenções de engenharia costeira: as intervenções "soft" de Engenharia Costeira, como por exemplo a alimentação artificial de areias, que têm como objectivo restabelecer as defesas naturais de protecção (por exemplo dunas e praias) contra a erosão, utilizando fundamentalmente componentes naturais tais como a areia e a vegetação; as intervenções "hard" de Engenharia Costeira, que têm efeitos positivos a curto-médio prazo, na área de influência da obra de defesa. Com efeito, ao interromperem o transporte sedimentar associado às correntes de deriva litoral, as praias e dunas a sotamar deixam de ser tão alimentadas sofrendo erosão progressiva. No que diz respeito aos esporões, eles são eficazes ao longo de uma extensão limitada da costa, mas a sotamar tendem a gerar-se erosões que levam ao prolongamento do campo de esporões, e assim sucessivamente em efeito dominó.
Ondulação incidente num esporão transversal em condições de tempestade de inverno:
O embate das ondas a sotamar da estrutura, relativamente à ondulação e à deriva dominantes, provoca duas formas essenciais de erosão na praia e na duna frontal.
Curiosamente é atribuído às obras de proteção costeira o efeito contrário para o qual são construídas. A erosão que se verifica a sotamar de um esporão resulta essencialmente da falta de alimentação dos sedimentos que ele procura reter. Ou seja, a sotamar há um recuo da costa. Assim, se a barlamar se mantém a linha litoral numa posição estável, a sotamar a evolução da costa é semelhante àquela que se verifica sem a obra. A juntar a isto, quando se esgota a capacidade de retenção de sedimentos o esporão deixa de ser útil.
O stress antropogénico que atinge hoje as zonas costeiras inclui operações múltiplas que reduzem os inputs de sedimentos fluviais e interferem com o transporte sedimentar ao longo do litoral pela construção de muros marítimos, molhes, esporões e aterros marginais, associados normalmente com portos, actividades costeiras de recreação e expansão urbana.
Em Portugal a erosão faz-se sentir sobretudo na costa ocidental a Norte da Nazaré, localizando-se os casos mais críticos a Sul da foz do Cávado, de Leixões à Torreira, da embocadura da Ria de Aveiro a Mira e a Sul da foz do Mondego.
O processo erosivo da costa oeste portuguesa tem duas características importantes e específicas que permitem percebê-lo melhor. São elas:
-um clima de agitação severo actuando como agente quase exclusivo da morfodinâmica costeira, a que corresponde um caudal sólido litoral de valor potencial muito elevado e com um sentido claramente definido (Norte-Sul).
-uma alimentação sedimentar abundante (sobretudo pelo rio Douro) que sofreu uma redução drástica em poucas dezenas de anos.
O Enfraquecimento das Fontes Sedimentares é uma das causas básicas do processo erosivo que vem afectando a costa portuguesa a Norte da Nazaré. Grandes obras exteriores de alguns portos (Viana do Castelo, Leixões, Aveiro, Figueira da Foz) agravam o fenómeno nas zonas a sotamar (abaixo da foz do rio): extracção de areias nas praias a barlamar (Aveiro e Figueira), acumulação no banco exterior da barra (Aveiro), dragagem do acesso marítimo sem reposição a sotamar (Viana, Aveiro, Figueira). As duas razões preponderantes para este enfraquecimento são a extracção de inertes nos estuários e, principalmente, a construção de barragens. Por causa da alteração dos regimes hidrológicos, da retenção aluvionar exercida pelas barragens que se encontram nos principais cursos fluviais e por causa das extracções de areia a alimentação sedimentar da costa oeste portuguesa está irreversivelmente reduzida a uma pequena fracção do seu valor natural.
O conceito de Baía e Cabo
Uma Baía é uma porção de mar ou oceano rodeada por terra, em oposição a um cabo. Consiste numa reentrância da costa bem aberta em direcção ao mar, com uma pequena penetração dele.
A conhecida Praia da Baía de Espinho tem a sua origem no conjunto de aspectos abordados acima. Esta praia "abrigada" é o resultado da falta de alimentação sedimentar do local.
|
|