A aldeia da Arrancoeira situa-se no Concelho de Vila de Rei junto à Albufeira de Castelo do Bode. Este lago artificial estende-se desde a Barragem de Castelo do Bode até à Barragem da Bouça proporcionando paisagens deslumbrantes de diversa fauna e flora. Com mais de 60 km e é uma das maiores bacias hidrográficas do país. Criada no curso do Rio Zêzere e localizada no centro do país, assume tripla função: espaço de lazer, fornecimento de água e produção de energia eléctrica.
Relativamente à toponímia do nome da aldeia da Arrancoeira não se conhece bem o significado desta palavra. «Não será uma derivação de barrancoeira, sítio de barrancos? Por vezes na língua popular o b desaparece (osservar=observar). … É possível que, em tempos idos, fosse local de medos ou fantasmas, onde se ouviam roncos, sons cavernosos e estranhos. Talvez seja corruptela de roncoeira» (Pe. A. L. Farinha). «Não virá do antigo verbo arrancoar, «queixar-se, agravar-se?». Arrancoeira também pode vir de arranco, acto ou efeito de arrancar. Arrancar o quê? Por exemplo, raízes (ou arbustos) num terreno que se quer cultivar. Entre esses arbustos poderiam contar-se as torgas, cujas raízes servem para o lume da lareira ou para fazer o carvão das forjas. Suponho que o nome primitivo era Rancoeira (a que o povo teria acrescentado o a protéteco), podia ter vindo de ranco ou ranca, o mesmo que «ramo ou galho de árvores» (Prof. J. Diogo Correia com Morais e Cândido de Figueiredo). Pode muito bem Arrancoeira ter sido o terreno onde se arrancaram arbustos para arrotear a terra, ou uma cepa de torga, que, de facto, abunda nesta região e fornece o melhor carvão para forjas, alambiques, etc., e até óptima lenha para secar enchido, etc. Mas também pode acontecer que Arracoeira ou Rancoeira seja o nome da pessoa que deu origem à povoação. (Vila de Rei e o Seu Concelho de José Maria Félix, 1968:210)
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