A freguesia do Castedo pertence ao Concelho de Alijó. Tem cerca de 400 habitantes e subsiste, essencialmente, da agricultura. O vinho e o azeite são, a par das plantações tradicionais cultivadas nas hortas caseiras, os produtos predominantes. Não obstante, é, de facto, na produção da uva e do vinho que se encontra a principal atividade agrícola. Situada esta freguesia na zona demarcada do Douro, as suas vinhas encontram-se abrangidas pelo sistema de classificação que lhe garante “o benefício”, condição essencial para a produção do Vinho do Porto.
O Castedo do Douro encontra-se a 6 Km de Alijó, na margem direita do Rio Douro. O seu nome provém da expressão latina “castenatum”, que significa castanheiro. Julga-se, por isso, que em tempos nesta terra terão existido e sido, também a principal fonte de rendimento, os castanheiros e as castanhas. Árvore e fruto ainda hoje predominante na região. Contudo, destes, apenas a suspeição ou a memória, pois como dito, da uva vive esta terra.
Hoje, tal como a maioria do interior Português, o Castedo e a região sofrem com a desertificação. Em tempos uma freguesia importante, tão importante pela sua animação e movimento na época de D. Pedro II e D. José, que lhe conferiu o épiteto de Porto Pequeno, dada a sua agitação e frenesim diário. Ao longo do tempo a freguesia foi perdendo as suas infraestruturas mais importantes como uma farmácia, um centro de saúde, mercearias e outros negócios locais, como talhos ou até mesmo um Posto dos Correios. Mais recentemente a escola, o último reduto que atira a freguesia para um povoado remoto e cada vez mais desertificado pela imigração e pelo abandono. Contudo, tem sido na juventude que o Castedo tem encontrado a forma de se revitalizar. Existem na freguesia associações que tentam, a todo o custo, recuperar tradições e fixar, através de serviços culturais as gerações mais novas. Neste momento, no Castedo do Douro existe o Centro Recreativo e Cultural, o grupo de Zés Pereiras e, mais recentemente, o grupo folclórico local, extinto há vários anos, mas que dá agora os primeiros passos.
De salientar, é esta terra que vê nascer o poeta António Cabral em 1931. Escritor, dramaturgo, poeta, professor, homem das letras e da tradição Duriense.
Para se deslocar ao Merouço o visitante tem que entrar, necessariamente, no Castedo. A não ser que o faça pela via fluvial. Assim, o objetivo desta cache é dar a conhecer a bonita terra que o Castedo é, e deslumbrar-se com as paisagens magníficas do vale do Douro.
Se continuar a descer, o Geocacher chegará ao lugar do Merouço. Este pequeno lugar, que hoje alberga uma quinta de agroturismo, encontra-se junto à linha do comboio.