As sepulturas abertas na rocha, normalmente cobertas por uma tampa ou talvez apenas por terra e pedras, destinavam-se a um ritual de inumação de um corpo que, na maior parte dos casos, não se fazia acompanhar de qualquer tipo de espólio.
Cronologicamente a sua maioria insere-se entre finais do séc. IX e meados do séc. XI
A implantação destas sepulturas verifica-se, regra geral, em locais destacados na paisagem sobranceiros a um largo horizonte, outeiros ou grandes afloramentos graníticos, normalmente associados a caminhos antigos. Revelador, por um lado, da não existência do cemitério paroquial e, por outro, o afastamento do espaço urbano, prática comum na civilização romana precedente.
A orientação parece não obedecer a um padrão específico, podendo estar na sua génese a orientação canónica (O-E), bem como o local escolhido para a implantação da sepultura, nomeadamente, a inclinação, a fratura ou espaço disponível de um afloramento, ou mesmo o alinhamento com outras sepulturas.
Neste caso são escavadas num afloramento granítico e distantes entre si, conservam-se duas sepulturas antropomórficas, uma de maiores dimensões que a outra, devendo a primeira, destinar-se a um adulto e a segunda, a uma criança. De forma geral ovalada, apresentam o recorte destinado à cabeça no topo poente.
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