O Agrupamento de Escolas António Sérgio fica situado em Agualva-Cacém, cidade
que se organizou e cresceu na sua relação e dependência de Lisboa, tendo como elemento
catalizador do seu desenvolvimento a linha-férrea, e que apresenta, na actualidade, a maior
densidade populacional da Europa.
Maioritariamente constituída por migrantes e imigrantes, a população desta
realidade suburbana procura na Escola uma resposta para problemas que ultrapassam as
tradicionais funções a esta atribuída.
Na Escola se reflectem problemas económicos, sociais e culturais da comunidade
que lhe dá existência e sentido.
Instituição complexa, sujeita a constantes e significativas mudanças, ela interage
com factores sociais como a pobreza, a exclusão social e a intolerância, constituindo-se,
assim, como um sistema social e dinâmico onde as variedades linguísticas e culturais são
marcas das alterações da sociedade portuguesa actual.
Espaço de referência de toda a comunidade, acolhe afectivamente as suas
diferenças, ensinando a aceitar as assimetrias que inevitavelmente coexistem, aprendendo
pela reflexão sobre as práticas.
Suporte da vida escolar, unidade de vida e de aprendizagem deve, em cooperação
com a comunidade, organizar-se de forma a possibilitar que todos os educandos aprendam
juntos, independentemente das dificuldades e das diferenças que apresentam,
consciencializando-os dos seus deveres como membros de uma comunidade e
desenvolvendo neles o respeito pelo outro.
Estes são princípios divulgados e defendidos pelo patrono do nosso Agrupamento
de Escolas de que nos apropriámos, para deles fazermos referência na óptica da construção
do presente e do futuro dos jovens que frequentam as Escolas do Agrupamento.
O Patrono da nossa Escola António Sérgio, ensaísta, crítico e pedagogista, nasceu em 3 de Setembro de 1883
em Damão (Índia Portuguesa), onde seu pai, António Sérgio de Sousa era então
governador. O facto de ter passado a meninice, até cerca dos dez anos, em África, com seu
pai (que era ali governador do Congo Português), com frequentes viagens por mar e entre
oficiais da marinha, explicam a sua precoce escolha desta profissão, que abandonou em
1910. Tirou o curso secundário no Colégio Militar. Completado o curso de marinha,
prestou serviço em Macau e Cabo Verde.
A vitória da revolução republicana de 1910 impôs ao seu espírito a necessidade de
trabalhar pela educação democrática do povo português, especialmente na cultura
intelectual, pela máxima liberdade e iniciativa mental do aluno, e na instrução cívica, pelo
método do self-government escolar como forma de participação responsável na vida
colectiva.
Tendo-se empregado nos empreendimentos de uma grande casa editora norteamericana,
dedicou-se a pregar aos seus compatriotas um novo sistema de educação que os
habilitasse a bem praticar a democracia política e que os preparasse para o trabalho na
democracia social (o sistema económico que preconiza é o da planificação pela federação
das cooperativas de consumo).
Em 1923 aceitou a pasta da Instrução Pública (Ministro da Educação). Após a
instauração da ditadura militar, evita a prisão com a fuga para o estrangeiro (França) onde
se manteve durante sete anos. Amnistiado em 1933, regressa à Pátria, mas por pouco
tempo, pois em breve estaria preso (durante três meses) e de novo exilado, desta vez em
Madrid.
Retornado ao País, em virtude de amnistia, entrega-se ao ensino e à actividade de
escritor, dedicando grande parte do seu trabalho ao pensamento cooperativo.
Para encontrares a cache final terás que no ponto inicial verificar a data que se encontra na figura e substituir pelas letras ABCD-EFGH, depois é só fazeres as contas:
N 38 (A+D) G . (C-D) B (F-H)
W 009 E B . A (H-G+E) G