Afloramento granítico, trabalhado para altar rupestre, composto por três degraus encimados por mais três entalhes na rocha, em forma de "E" deitado. Na superfície sobressai uma cavidade rectangular, e rasgos lineares. Esta cavidade é, interpretada por alguns autores como sendo o "foculus". Numa das faces do altar existe uma inscrição consagrada a Deus Larouco, companheiro de Júpiter, atribuída pelos soldados da Legião VII Gemina. De referir a semelhança a outros dois altares aparecidos nas imediações, um deles consagrado ao Deus Larouco e outro a Júpiter. Segundo a interpretação feita por Rodrigues Colmenero, através da leitura de alguns excertos: trata-se de uma santuário, dedicado a: Larouco, Companheiro de Júpiter - I(ovis) Soc(io) Larouco.
Pelos soldados da legião VII Gemina- La[roc]vo......M(ilites) Leg(ionis) VII P(iae) F(elicis) (centuriae.....?).
No restante ainda se verificam outros caracteres, embora indecifráveis. Trata-se, neste caso de um topónimo, onde o nome da montanha é referido. No Outono e no Inverno a serra está quase sempre encoberta, de tal modo que é possível supor que o santuário da Pena Escrita, situado no altiplano abrigado (altitude 827 metros) congregasse rituais de culto nas estações mais agrestes quando o cume do Larouco é assolado por ventos fortes, cortantes e frios, ou por nevões persistentes.