Casa Mortuária com Cemitério ao Fundo

O Cemitério

A Igreja de Gião é muito antiga. A ela se referem documentos dos anos de 1356, 1357, 1402, 1515, 1558, 1560 (ano em que a mesma foi unida ao mosteiro de Santo Tirso, o que deu lugar a diversas questões com o mosteiro de Vairão e que acabou por ganhar no ano de 1655).
O templo que vemos hoje em dia é actual.
Desde 1646 até 1937, Gião teve cerca 22 párocos. O primeiro, foi Manuel Osório e o último o Dr. Aníbal Ferreira da Silva e Sá. Em 1818, o Pároco Bernardo José da Fonseca Araújo e Sá, hospedou na residência o Bispo de Cabo Verde. Este que esteve ali bastante tempo, crismou muita gente da freguesia e de outras.
No ano de 1877, um furacão lançou por terra os cruzeiros do adro e do cemitério, a cruz, a bola e parte das pedras do cume da torre dos sinos e uma ramada que haviam feito de novo junto ao terreiro da igreja.
Pelos anos de 1839, fazia-se em Gião, no 2º Domingo de Julho uma grande festa. Não sabemos a que Santo, mas diz-se que tinha grandes andores e muito altos, e que a procissão levava à frente dois gigantones e alguns poveiros vestidos à romana. E que na véspera havia bandas de música e à noite fogo-de-artifício, enquanto as bandas tocavam ao compasso dos paus de choupa, pois "havia sempre alguma pancadaria". Havia sermão à tarde e "às vezes, comédia".
Nos dias de hoje, esta festa ainda acontece, com as suas devidas alterações. É realizada no último domingo de Julho, mas juntaram-se a festa das comunhões. Na véspera ainda há música.
A paróquia está no meio da freguesia e tem oito lugares: da Igreja, de Tresval, de Martinhães, de Santo Estevão, da Joudina, de Gião de Cima, de Gião do Meio e de Gião do Fundo. O Orago é o Mártir Santo Estevão que está no Altar-Mor, no qual está o Sacrário do Santíssimo Sacramento e uma imagem de Maria Santíssima e outra do Menino Jesus. Tem a Igreja uma só nave mais quatro altares, dois no Cruzeiro (o da Epístola e o do Espirito Santo) em que veneram uma imagem da Santíssima Trindade, o da parte do Evangelho é o da Senhora do Rosário e na parede da mesma parte está a imagem de São Sebastião num retábulo e mais abaixo está o altar do Senhor Crucificado, no qual está também uma imagem de Santa Ana; e o último altar que está da parte da Epistola é o do Apóstolo Santo André.
Tem duas irmandades: do Subsino e das Almas. Tem quatro confrarias: do Santíssimo Sacramento, do Espírito Santo, da Senhora do Rosário e de Santa Ana.
Textos retirados do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa.
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