Sirvam-se corujas do velho tempo,
Sirvam-se desta carcaça destruída
Façam dela o vosso ninho limpo
Riam de toda a raça corroída
Não lamentem a vossa ingénua raiva
Cresçam com toda a vossa cegueira
Vejam toda a lavragem desta seiva
Criava para vós como mera rameira
Rasguem todos os pedaços desta criatura
Rasguem todos os pedaços desta criatura
Lambuzem-se com tamanha chacina
Festejem a vossa decadente festa
Uma noite nunca será eterna,
E a transparência será o que vos resta
Gozem com todo esplendor da inocência
Mas fujam da descortinada incoerência
Pois nunca sentirão o verdadeiro ardor
O sentido do completo e verdadeiro amor
A cache não se encontra no muro