Glauco era uma divindade marinha cujas origens divergem em diferentes fontes. A sua história mais conhecida é aquela contada por Ovídio. Na peça Orestes de Eurípides, Glauco era filho de Nereus, tendo ajudado Menelau e os Argonautas nas suas jornadas. Ateneu de Náucratis (contemporâneo do imperador Marco Aurélio ), em seu livro O banquete dos eruditos, após mencionar um peixe chamado glaucus, faz um resumo das várias versões sobre a origem de Glauco.
Segundo a versão de Ovídio, Glauco nasceu um mortal, vivendo como pescador. Descobrindo acidentalmente uma erva mágica que conseguia trazer os peixes que apanhava de volta à vida, decidiu experimentá-la em si mesmo. Após comer da erva, Glauco também pulou na água, seguindo o exemplo dos peixes que reviveram. Foi acolhido pelas divindades aquáticas, e com o consentimento dos deuses Oceano e Tétis, foi lavado de tudo que era mortal, tornando-se imortal, e tendo sua forma mudada: seus cabelos se tornaram verdes como o mar, seus ombros alargaram-se e suas pernas se transformaram em uma cauda de peixe.
Glauco apaixonou-se por Cila, uma bela ninfa, mas não foi correspondido: a ninfa sempre se afastava da água quando ele tentava aproximar-se, assustada pela aparência dele. O deus recorreu então ajuda à feiticeira Circe, pedindo-lhe que preparasse uma poção que fizesse que Cila o amasse. Porém, estando a própria bruxa já apaixonada por ele, tentou dissuadi-lo com palavras afetuosas. Ele, contudo, afirmou que árvores cresceriam no fundo do mar e algas no cimo das montanhas antes que ele deixasse de amar Cila. Enfurecida, Circe enfeitiçou a fonte em que Cila se banhava, para que esta se tornasse um monstro de doze pés e seis cabeças. Então, quando Cila finalmente entrou na fonte, viu serpentes na água. Tentando fugir, deu-se conta de que as serpentes eram na verdade o seu próprio corpo. A ninfa foi chorar a Glauco, que a recusou devido à sua aparência terrível. Circe esperou a visita do deus, mas ele, sabendo ter sido obra dela, não a perdoou pela crueldade. Glauco ainda tentou o amor de Ariadne, abandonada por Teseu na ilha de Naxos, mas, também não a conseguiu, pois Dionísio a desposou.
Parece-me fácil viver sem ódio, coisa que nunca senti. Mas viver sem amor acho impossível.
No amor não há férias nem nada que se pareça. O amor deve viver-se plenamente, com o seu aborrecimento e com tudo.
Bendito o dia. Bendita a hora. Bem digo eu, com o mais doce amor, que a hora em que a conheci e me apaixonei por ela foi a hora da minha glória, o momento mais sentido, aberto e despreocupado da minha vida. Ela não é como o calor. Ela é rara ser como ele, embora possa. Ela é como o clima; ela é como Portugal, de norte a sul e de litoral a interior. O meu amor nasceu ontem. Eu nasci um segundo depois.
Nós inventamos o que amamos e o que tememos.
Só há um amor eterno: o amor intelectual.
Não se ama duas vezes a mesma mulher.
Eu não sou de ninguém!... Quem me quiser há-de ser luz do Sol em tardes quentes... Há-de ser Outro e outro num momento! Força viva, brutal, em movimento, astro arrastando catadupas de astros!
Tirai ao homem comum as ilusões da sua vida e roubais-lhe a felicidade.
O vocabulário do amor é restrito e repetitivo, porque a sua melhor expressão é o silêncio. Mas é deste silêncio que nasce todo o vocabulário do mundo.
Quando a pobreza entra pela porta, o amor sai pela janela.