Forte do Arpim (OM125) [Linhas de Torres] Traditional Geocache

O Forte do Arpim localiza-se na freguesia de Bucelas, numa zona próxima do limite do concelho, que faz fronteira com o de Vila Franca de Xira.
A sua posição estratégica permite uma comunicação visual com outras fortificações, neste caso com o conjunto do Calhandriz e da Aguieira num primeiro plano, mas também com as posições da Ajuda.
Em termos geomorfológicos, a região onde se insere este forte caracteriza-se pelo relevo fortemente acidentado, com altitudes superiores a 200 metros, criando uma barreira topográfica em relação à Estrada Real (que segue junto à margem do rio Tejo) e um obstáculo em relação à cidade de Lisboa, ultrapassável nos desfiladeiros de Bucelas, Freixial e Montachique.
Esta obra militar de campo insere-se na 1ª Linha Defensiva e faz parte de um conjunto de fortificações que protegiam o território compreendido entre a margem do Tejo até à obra nº11 de Alhandra, sobre a estrada da Arruda, inclusive (1º Distrito).

Articulava de modo mais directo com o fortes 4º do Calhandriz, batendo a fogo cruzado toda a zona de vale que separa estas duas posições e as principais cias de acesso. Por outro lado, protegia a estrada que permitia o acesso a Bucelas ou, em alternativa, o acesso a Alverca, articulando com os Fortes da Aguieira.
Representa uma fortificação recuada, edificada com o objectivo de ligar a posição do Calhandriz à linha de retaguarda. Esta complexidade e concentração de obras militares na zona do Calhandriz apenas tem paralelo em Montachique e no nó do Juncal, em Mafra.

O forte do Arpim apresenta uma planta poligonal, rodeada por um fosso, nalguns pontos parcialmente destruído por vazamento de entulho para alargamento de uma estrada local. Ainda no exterior, destacamos o través em cotovelo, que protege a entrada. Para a construção do Forte houve necessidade de elevar a cota do terreno, recorrendo às terras provenientes da escavação do fosso.
A estrutura militar foi erguida num compleo sedimentar predominantemente arenoso e margoso.
O acesso ao monumento foi reforçado por estruturas em alvenaria, e as escavações arqueológicas confirmaram a existência de estruturas em madeira, dois postes, associados a um portão de entrada.
No interior do Forte existem cinco canhoneiras, construídas em terram com vestígios de madeira, que correspondem às plataformas sobre as quais se manobravam as peças de artilharia. Por oposição, o paiol, construído em alvenaria, é uma peça única devido ao seu excelente estado de conservação.

A cache encontra-se no exterior do forte, no sentido de não ser motivo para ajudar na destruição do mesmo, e vem 'substituir' a que aqui existia e que me deu a conhecer o local!