Situado na margem direita do Estuário do Tejo, o sitio composto pelas salinas de Alverca, salinas do Forte da Casa e campos agrícolas em regime extensivo, foi recentemente classificado como área importante para as aves (IBA), e revela-se de extrema importância como área de nidificação e refúgio alimentar para inúmeras espécies de aves.
É a avifauna aquática migradora que atribui ao estuário do Tejo o estatuto de mais importante zona húmida do País e uma das mais importantes do Paleártico Ocidental. Aqui ocorrem com regularidade cerca de 100.000 aves invernantes, ultrapassando o valor de 120.000 aves nos períodos de passagem migratória. O estuário acolhe, em média, cerca de 54% das limícolas, 30% dos anatídeos e 4% dos ardeídeos invernantes recenseados em Portugal.
Alberga mais de 1% da população regional de 14 espécies, sendo por isso local de importância internacional para a sua preservação durante as épocas de:
- Invernada (% máxima de indivíduos em janeiro em relação ao total europeu - ano de censo):
Alfaiate Recurvirostra avosetta (20,1% - 1989);
Maçarico-de-bico-direito ou milherango Limosa limosa (11,8% - 1992);
Tarambola-cinzenta Pluvialis squatarola (5,4% - 1987);
Pato-trombeteiro Anas clypeata (2,3% - 1991);
Perna-vermelha Tringa totanus (2,1% - 1988);
Garça-branca-pequena Egretta garzetta (2% - 1992);
Ganso-comum Anser anser (1,4% - 1991);
Marrequinha Anas crecca (1,4% - 1991);
Pilrito-comum Calidris alpina (1,2% - 1987); e
Piadeira Anas penelope (c.a.1% - 1992);
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