O Pinhal do Rei, Pinhal de El-Rei, Mata Nacional de Leiria, ou Pinhal de Leiria é uma floresta com 11.080 ha, abrangendo as freguesias da Marinha Grande e de Vieira de Leiria, estando assim inserido única e totalmente no concelho da Marinha Grande. Em Portugal, o pinhal de Leiria marcou o início da plantação intensiva de monocultura do pinheiro bravo.
O pinhal foi inicialmente mandado plantar pelo rei D. Afonso III (1248-1279) (e não por D. Dinis I (1279-1325), como se julga habitualmente), no século XIII, com o intuito de travar o avanço e degradação das dunas, bem como proteger a cidade de Leiria e o seu Castelo e os terrenos agrícolas da sua degradação devido às areias transportadas pelo vento, que se tornara uma grande preocupação para os habitantes da região. Procedeu-se, assim, à sementeira duma área extensa que acompanha o litoral. Alguns autores atribuem até o começo da plantação do pinhal a D. Sancho II (1223-1248). Seria, então, mais tarde, entre 1279 e 1325, aumentado substancialmente pelo rei D. Dinis I, para as dimensões actuais.
Sempre que se procedia ao corte de árvores, era seguida uma replantação - desta forma o pinhal manteve-se intacto.
Desde pelo menos o último quartel do século XV, o cargo de Guarda-Mor dos Pinhais de El-Rei ou Pinhais Reais de Leiria, Guarda e Couteiro das Matas dos Pinhais do Rei, foi hereditário nos Rodrigues Veloso, nos da Costa de Mesquita e, finalmente, nos da Silva de Ataíde, até à sua extinção em 1835.
O pinhal de Leiria foi muito importante para os Descobrimentos Marítimos, pois a madeira dos pinheiros era usada para a construção de embarcações. O pez (alcatrão vegetal extraído dos pinheiros) foi ainda usado para proteger as caravelas. Ainda existem fornos onde este era fabricado.
Iria adquirir muita importância para o desenvolvimento económico e crescimento demográfico da região no século XVIII e século XIX, uma vez que foi dos principais impulsionadores de indústrias como a construção naval, a indústria vidreira, metalurgia e produtos resinosos (através da extracção da goma dos pinheiros, no século XIX) - a madeira era usada tanto como matéria-prima como fonte de energia para as indústrias e habitações.
O pinhal continua ainda hoje como um local de lazer. Actualmente é possível circular dentro do pinhal. A mata é cerrada e permite muitas actividades ligadas à natureza, como passeios de bicicleta ou a pé. Ao longo das estradas que cortam o pinhal podemos encontrar vários miradouros, parques de merendas e fontes de água, sendo o local muito visitado durante o Verão. O pinhal é intersectado pela ribeira de Moel, que dá ao local um certo ar bucólico.
Texto retirado de Wikipédia
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