O Forte das Caninas situa-se na freguesia da Vila de São Sebastião. A fortificação destinava-se a um defensor do embarcadouro contra os ataques de piratas e corsários. Cruzava fogos com o Forte das Cavalas, que se distanciava aproximadamente 560 metros a este, na defesa da ponta este da baía da Salga, e da parte da entrada da baía das Mós.
Foi uma das fortificações erguidas na Terceira no contexto da crise de sucessão de 1580 pelo então corregedor dos Açores, Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos, conforme o plano de defesa da ilha elaborado por Tommaso Benedetto em 1567, após o ataque do corsário francês Pierre Bertrand de Montluc ao Funchal(outubro de 1566), intentado e repelido em Angra no mesmo ano (1566)
De acordo com a mesma fonte, foi reconstruído em 1653 às expensas da Câmara de Angra, então empenhada na reparação da maior parte da fortificação da costa, danificadas por uma grande ressaca do mar ocorrida naquele ano, quando cerca de 50 navios piratas rondavam os mares dos Açores,[3] o que parece ser confirmado pela sua tipologia e características.[4]
Do tipo abaluartado, apresentava planta poligonal irregular, orgânica (adaptada ao terreno), em aparelho de cantaria, com 330 metros quadrados.
Com capacidade para cinco peças de artilharia em canhoneiras, possuía dois torreões para fuzilaria , um a Leste e outro a Oeste. Em seu interior erguia-se o paiol , abobadado . Não exterior, pelo lado de terra, à esquerda, erguia-se a casa da guarnição.
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