Um dos locais mais conhecidos, e que preservem treze silos subterrâneos (de um total de vinte e quatro), encontram-se na localidade das covas, na Freguesia da Almagreira. Os exemplares, escavados em forma de talhão cerâmico, situam-se num terreno fronteiriço a uma casa de habitação e exibem uma boca que varia entre os 36 e os 40cm de calibre. Segundo apuramos junto da proprietária, era costume antigo, fazer-se uma trança de palha e barro cinzento para o revestimento interior e uma cobertura do pavimento em terra, de forma a ocultar-se a existência das covas. As tampas são executadas em pedra achatada circular. Um outro conjunto mariense, do qual hoje existe apenas um exemplar, está no Sítio de Pedras de São Pedro, e exibe uma inscrição de capacidade e de propriedade (XIV–L), isto é, catorze moios e a marca da família abastada dos Laureanos.
Segundo um nosso informante, senhor Manuel Sousa Cabral Moura, de 76 anos de idade, no local existiam mais de cem covas pertencentes a famílias endinheiradas de Santa Maria, ao que se juntavam a outras existentes no Cabrestante e na Trevina. A persistência destes meios técnicos foi testemunhada inclusive por José Leite de Vasconcelos, em 1925, à ilha de Santa Maria, exemplificando que as “forram com restolho de trigo, posto em camadas apertadas, e onde guardam no inverno os grãos d’este cereal depois de joeirados; as covas são tapadas com pedras guarnecidas de cal e areia” (VASCONCELLOS; 1926:60-61). Esta forma de “empalhar a cova” é comum ao meio físico das ilhas do Porto Santo e de Santa Maria, apenas variando na concepção da tampa e do ligante, que garantia o necessário isolamento interno. A prática de marcar na pedra a propriedade do silo vem era um costume habitual das gentes da Ilha Terceira, conforme anotou, também Linschoot: “tapado com uma pedra marcada com o sinal daquele a quem pertence” (AGOSTINHO, 1943:152).
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One of the best known, and preserving thirteen underground silos sites (a total of twenty four), are in the locality of the pits, in the parish of Almagreira. The specimens, excavated in the form of ceramic plot, situated in a border land to a dwelling house and exhibit a mouth that varies between 36 and 40cm gauge. Second was found with the owner, it was ancient custom, make up a straw braid and gray clay to the inner lining and a floor covering on the ground, in order to hide the existence of the pits. The covers are performed in circular flat stone. Another Mariense set, which today there is only one copy is in Stone site of St. Peter, and displays an enrollment capacity and property (XIV-L), that is, fourteen moios and the mark of the wealthy family of Laureanos .
According to a our informant, Mr. Manuel Sousa Cabral Moura, 76 years old, on site there were over a hundred graves belonging to wealthy families of Santa Maria, they joined the others on the Capstan and Trevina. The persistence of these technical means was witnessed even by José Leite de Vasconcelos in 1925, the island of Santa Maria, exemplifying the 'Bostonian with wheat stubble, put in tight layers, and where they keep the winter grains d'this cereal after of winnowed; the pits are covered with lime and sand studded stones '(Vasconcellos, 1926: 60-61). This form of 'stuffing the pit' is common to the physical environment of the islands of Porto Santo and Santa Maria, only varying in the design cover and binding, that guarantee the necessary internal insulation. The practice of marking the stone silo property is was a regular custom of the people of Terceira Island, as noted, also Linschoot 'covered with a stone marked with the sign of Him to whom belongs' (Augustine, 1943: 152).
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