Vértices Geodésicos:
Conjunto de todos os vértices geodésicos e das suas relações geométricas, distribuídos pelo país, colocadosem posições dominantes de forma a garantir intervisibilidade, devidamente coordenados. Estão materializados através de diversas formas geométricas, como pirâmides ou troncos de cone sobre cilindros (bolembreanas) ou são coincidentes com estruturas já existentes.
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Um VG ou vértice geodésico (popularmente chamado "talefe" em Portugal, e "Pinoco" no Norte de Portugal) é um sinal que indica uma posição cartográfica exacta e que forma parte de uma rede de triângulos com outros vértices geodésicos. São escolhidos sítios altos e isolados com linha de visão para outros vértices. A rede geodésica portuguesa é formada por vértices geodésicos que se dividem em três ordens de importância:
![](http://img.geocaching.com/cache/0adc3b81-ecd1-490b-bac1-0fb44d0c6494.jpg?rnd=0.7530142)
O número de vértices existentes na totalidade do território (Portugal Continental e Regiões Autónomas) é, actualmente, de cerca de nove mil, repartidos por vértices de: Continente: 1ª Ordem (cerca de 120), 2ª Ordem (cerca de 900) e 3ª Ordem (com uma densidade aproximada de 1 vértice por cada 10 km²) Arquipélago dos Açores: cerca de 500 Arquipélago da Madeira: cerca de 150 A RGN é a infra-estrutura básica onde se apoia toda a cartografia do País, e que serve todos aqueles (empresas, autarquias e outros organismos públicos e privados) que, por força das suas actividades, necessitam de referenciar geograficamente os seus projectos (os Planos Directores Municipais, por exemplo).
O Centro Geodésico de Portugal, está situado na Serra da Melriça, freguesia e concelho de Vila de Rei, distrito de Castelo Branco.
Encontrando-se a uma Altitude máxima ao Nível do Mar de 592m (anm/asl) é delineado fundamentalmente pelo Marco Geodésico padrão, pelo Museu da Geodesia e áreas envolvente de apoio e estacionamento.
O Marco Geodésico, é conhecido popularmente por "Picoto da Melriça", sendo constituído por um vértice geodésico de 1ª ordem, piramidal, em alvenaria com 3 metros de base e 9 metros de altura e está desde á muito associado à história da cartografia moderna em Portugal. Esta iniciou-se no século XVIII, no reinado de D. Maria I, quando a soberana convidou a Academia Real da Marinha, a iniciar os trabalhos de triangulação geral do território, para a realização da Carta Geográfica do Reino.
A importância do Marco Geodésico padrão, resulta de que foi a partir deste ponto, que se deu início à marcação dos restantes 8.000 vértices geodésicos de Portugal Continental.