
Graças ao seu excelente desempenho nos treinos e ao motor Renault de treinos, Senna passaria a ser o "rei das pole positions". Mas nas pistas não terminou a maioria dos grandes premios. Encerraria o ano com uma corrida marcante no GP da Austrália, quando repetiu um feito de seu ídolo Gilles Villeneuve e pilotou bastante tempo sem o bico do carro, saindo várias vezes da pista mas mantendo a segunda posição. O carro mais uma vez não aguentou o esforço e Senna abandonou a corrida. O ano de 1987 veio com muitas promessas de dias melhores. A Lotus tinha um novo patrocinador, a Camel, e o mesmo poder dos motores Honda dos Williams depois que a Renault decidira retirar da F1.

Depois de um começo lento, Senna ganhou duas corridas de seguida: o prestigioso GP de Monaco (a primeira do recorde de seis vitórias no principado) e o GP dos Estados Unidos em Detroit, também pelo segundo ano seguido e mais uma vez chegou à liderança do campeonato. Nesse momento o Lotus 99T Honda parecia ser mais ou menos igual aos ótimos Williams-Honda pilotados por Piquet e Mansell. Mas apesar da performance do 99T, que usava a tecnologia da suspensão ativa, os Williams FW11B de Nelson Piquet e Nigel Mansell eram ainda carros a serem batidos. A diferença entre as duas equipes nunca foi tão evidente quanto no GP da Grã-Bretanha, em Silverstone, onde Mansell e Piquet voaram sobre os Lotus de Senna e do seu parceiro Satoru Nakajima.
A primeira corrida da temporada 1994 foi no Brasil, disputada em Interlagos, quando Senna fez a pole. Na corrida Senna assumiu a ponta mas Michael Schumacher com o Benetton tomou a liderança depois de passar Ayrton Senna nas boxes na volta 21. Senna, determinado a vencer no Brasil, errou, perdendo o controle do seu Williams e rodando na curva da Junção, ficando encalhado na zebra e abandonando a prova na volta 55. A segunda prova foi o GP do Pacífico, disputado em Aida, no Japão, onde Senna novamente ganhou a pole, porém envolveu-se numa colisão já na primeira curva. Foi tocado trás por Mika Häkkinen e a corrida acabou definitivamente quando o Ferrari de Nicola Larini também bateu no seu Williams. Este foi o seu pior início de temporada na F1, falhando por não terminar e não pontuar nas duas primeiras corridas, apesar de ter sido pole em ambas.

Na terceira corrida da temporada, o GP de San Marino, em Ímola, Senna rapidamente fez a terceira melhor volta da corrida, seguido por Michael Schumacher. Senna iniciara o que seria a sua última volta na F1; entrou na curva Tamburello (a mesma que bateu Nelson Piquet com o Williams em 1987 e também onde bateu Berger com o Ferrari em 1989) e perdeu o controle do carro devido a uma barra de direção partida, seguindo reto e chocando violentamente contra o muro de cimento. A telemetria mostrou que Senna ao notar o descontrole do carro, ainda conseguiu, nessa fração de segundo reduzir a velocidade de cerca de 300 km/h (195 mph) para cerca de 200 km/h (135 mph). Os comissários de pista chegaram à cena do acidente e ao perceberem a gravidade só puderam esperar pela equipa médica.

Por um momento a cabeça de Senna mexeu-se levemente e o mundo que assistia pela TV imaginou que ele estivesse bem, mas esse movimento foi causado por um profundo dano cerebral. Senna foi removido do seu carro pelo Professor Sid Watkins, neurocirurgião de renome mundial pertencente aos quadros da Comissão Médica e de Segurança da Fórmula1 e chefe da equipa médica da corrida, recebeu os primeiros socorros ainda na pista, ao lado do seu carro destruído, antes de ser levado de helicóptero para o Hospital Maggiore de Bolonha onde, poucas horas depois, foi declarado morto.Foi um GP trágico. Além do acidente de Barrichello e das mortes de Senna e Ratzenberger, o acidente entre J.J. Lehto e Pedro Lamy fez arremessar dois pneus para a arquibancada, ferindo vários adeptos. O italiano Michele Alboreto, da Minardi, perdeu um pneu na saída das boxes e chocou contra os mecânicos da Ferrari, ferindo também um mecanico da Lotus. Não bastando isso, durante alguns minutos as comunicações no circuito entraram em colapso.

A imagem de Ayrton apoiado no seu Williams, apanhado pelas televisões, com o olhar distante e perdido, pouco antes do início do GP, ficaria marcada para sempre entre os seus fãs. A temida curva Eau Rouge no circuito da Bélgica foi temporariamente readequada para a corrida de 1994. Numa foto divulgada, Damon Hill dirige pela chicane onde foi escrita uma mensagem em homenagem a Senna. A morte do piloto foi considerada pelos brasileiros como uma tragédia nacional e o governo brasileiro declarou três dias de luto oficial. Estima-se que mais de um milhão de pessoas foram às ruas para ver seu ídolo e render-lhe as últimas homenagens, sem contar os milhões que acompanharam pela televisão desde a chegada do avião que trouxe o seu corpo ao Aeroporto de Guarulhos, às 5h30 da manhã. A maioria dos pilotos de Fórmula 1 esteve presente no funeral de Senna. Porém o então presidente da FIA, Max Mosley, não compareceu, alegando que estava nos funerais de Ratzenberger no dia 7 de maio, em Salzburgo, na Áustria. Mosley disse à imprensa, dez anos depois: "Fui a esse funeral porque todos estavam no de Senna. Achei que era importante alguém ir a esse." Na corrida seguinte, no Mônaco, a FIA decidiu deixar vazias as duas primeiras posições na grelha de partida e foram pintadas com as cores das bandeiras brasileira e austríaca, em homenagem a Senna e Ratzenberger. O corpo de Senna está sepultado no jazigo 11, quadra 15, setor 7, do Cemitério do Morumbi, em São Paulo. Em 2014, aos 20 anos do seu fatal acidente, o presidente da Ferrari Luca di Montezemolo revelou que Senna queria terminar s sua carreira na sua equipa.

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