A Guerra Peninsular
A Guerra Peninsular, também conhecidocida em Portugal como como Invasões Francesas e Em Espanha como Guerra da Independência Espanhola, no início do século XIX, entre 1807 e 1814, na península Ibérica, e insere-se nas chamadas Guerras Napoleónicas. A princípio, envolveu Espanha e França, de um lado, Portugal e Reino Unido da Grã Bretanha e Irlanda, do outro. Porém, uma guerra teve repercussões além da Europa, influente na independência das colônias da América Latina.
Lusitânia Setentrional – território entre o rio Minho e o rio Douro, um principado a ser governado pelo soberano do extinto reino da Etrúria (então Maria Luísa, filha de Carlos IV de Espanha);
Primeira tentativa
Quando Soult deixou a Corunha dirigiu-se a Ferrol que se submeteu sem dificuldade a 26 de Janeiro de 1809. À vontade da população em resistir aos franceses, opunha-se a falta de determinação dos comandantes militares. O mesmo sucedeu com Vigo e Tui. No dia 2 de Fevereiro a guarda avançada de Soult chegou à margem norte do rio Minho mas só no dia 15 de Fevereiro, depois de estarem reunidas todas as forças, foi feita a tentativa de entrar em Portugal.
A primeira tentativa de Soult para entrar em Portugal foi levada a cabo entre Camposancos (na margem norte, a cerca de 3 km da foz do rio Minho) e Caminha (na margem sul). A travessia foi tentada em duas ou três dezenas de barcos de pescadores e, desta forma, apenas podiam ser transportados cerca de 300 homens de cada vez. As forças irregulares portuguesas que vigiavam na margem sul apoiadas pelo povo, sob o comando do General Bernardim freire, abriram fogo e só três embarcações chegaram ao seu destino com trinta e poucos homens que foram imediatamente aprisionados.
Moledo quase sempre foi poupado ao flagelo das guerras , sendo que na guerra peninsular há a indicar a invasão das forças Francesas na segunda Invasão , em 1809 que segundo as pessoas mais idosas da aldeia contam
“ que houve uma enegica resistencia por parte de um fortim portugues , situado proximo do cabedelo ,era comandado por um sargento . A defesa foi heroica , chegando o sargento a rasgar a farda , com o fim de fazer buchas para a peça .
Algumas forças que conseguiram atravessar o rio , nao entraram em Moledo por se ter formado um nevoiro, que se atribui á a intervençao miraculosa de Nossa Senhora de Ao pe da Cruz, tão justamente venerada pelos Moledenses.
Nesse local para comemorar a vitoria foi erigiu-se a capela de Nossa Senhora do Bom Sucesso.”
Soult decidiu não fazer outra tentativa de atravessar o Minho e deu ordem às suas unidades para marcharem em direcção a Ourense e daí seguirem em direcção a Chaves
A ínsua
Após a revolução francesa e com a eminência de guerra o Forte sofre obras de reparação e o convento uma pequena remodelação, entre 1793 e 1795, os franciscanos abandonam provisoriamente o convento. Durante as invasões francesas o Forte foi ocupado pela armada espanhola. Anos mais tarde, em 1834 as ordens religiosas foram extintas e o convento é integrado no património nacional, enquanto que o Forte continuou sob a alçada dos militares até ao ano de 1940, quando o Ministério da Marinha entrega o Forte ao Ministério das Finanças.
Um poço de água potável abastecia a guarnição, composta por um Governador (comandante) e doze praças, revezados semanalmente. Esse poço é notável por se situar no mar, sendo um dos três únicos existentes no mundo.
CRUZEIRO DO SINO DOS MOUROS ( Moledo do Minho) Bem no alto da encosta, outrora avistado de todos os pontos da povoação e onde se pode desfrutar de uma paisagem paradisíaca, incrustado no conjunto de pinguins, o Cruzeiro do Sino dos Mouros (nome que se desenvolve na existência de uma laje granítica de grandes dimensões e cujo som, ao bater com uma pedra, lembra o tocar dos sinos). Também conhecido por Cruzeiro do Facho (por ter servido de atalaia, isto é, vigia, no tempo dos lusitanos e local onde fica acendia um luzeiro durante a guerra peninsular com os franceses), foi mandado construir por Manuel Busquets de Aguilar e pelo Padre José Baptista Alves Lírio. A sua edificação (1940) pretendeu comemorar o oitavo centenário da fundação da nacionalidade portuguesa e do terceiro da sua restauração.
Napoleão Bonaparte
Um dia quis guerrear;
Mandou o Marchal Shoult
A Caminha atacar.
Caminha ele atacou
Investindo alguns vezes;
Mas cada vez que investia
Sofria sérios revezes.
E meio desbaratados
alguns vão para o camarido;
Ali foi preso um grupo
aos pedaços repartido.
Aos pedaços repartidos
Entre o pinhal e como dunas
E o Soult da Galiza
Olhava como suas lacunas.
Por fim já senhor de si
Disse para os seus botões:
Vou cruzar por outro lado
Que aqui perco pelotões.
E no diário escreveu
Ele assim como seus entraves:
Esta gente é muito dura
Vou tentar por Chaves.
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