O Telemóvel
No dia 3 de Abril de 1973, o telefone tocou nos Laboratórios Bell, o departamento de pesquisa da operadora de telecomunicações norte-americana AT&T. Joel Engel, um dos directores da empresa, levantou o auscultador e ouviu do outro lado da linha a voz do canadiano Martin Cooper, funcionário da rival Motorola. “Disse-lhe, da maneira mais educada possível, que estava a falar com ele através de um telemóvel, no meio da rua”, contou depois Cooper.
A primeira chamada de um telemóvel de que há registo nasceu na esquina de uma rua de Manhattan, Nova Iorque, há 30 anos. Nesse momento, Martin Cooper entrou para a história. Não apenas por ter sido o primeiro utilizador do telefone portátil, mas sobretudo por ter inventado o aparelho que viria a mudar a vida de milhões de cidadãos em todo o mundo.
Desde 1947 que os Laboratórios Bell procuravam desenvolver um sistema de comunicações móveis utilizando uma rede celular, com o intuito de, num primeiro momento, disponibilizar telefones para carros. A partir da década de 60, a Motorola entrou na corrida. Cooper e a sua equipa sempre se mostraram mais interessados em criar aparelhos que pudessem ser utilizados em qualquer lugar. “As pessoas querem falar com outras e têm que estar totalmente livres para poder fazê-lo. Quisemos construir um aparelho para provar que isso era possível”, explicou o “pai” do telemóvel, citado na edição “on-line” do jornal canadiano “The Globe and Mail”.
O primeiro telemóvel, que ficou conhecido como Dyna-Tac, foi construído em três meses. No topo de um edifício nova-iorquino, a equipa de Cooper instalou uma estação que viria a permitir ligações à rede fixa. A 3 de Abril de 1973, Cooper caminhou por Manhattan, com o aparelho colado à orelha. Muitos nova- iorquinos pararam, boquiabertos, “porque viam um tipo a falar ao telefone na rua”, recordou o engenheiro ao “Globe and Mail”. “Joel, estou a falar contigo de um verdadeiro telefone celular, enquanto desço uma rua de Nova Iorque”, disse Martin Cooper ao rival Engel.
O Dyna-Tac pesava mais de um quilo, tinha 25 centímetros de altura, seis de profundidade e quatro de largura. “Fiquei com o braço mais forte de tanto carregar o telefone”, confessou Cooper à revista brasileira “Negócios Exame”.
Hoje tudo mudou: os aparelhos medem-se quase ao milímetro e o seu peso joga-se no campeonato das gramas. Os telemóveis são cada vez mais atraentes, têm cada vez mais funções e, sobretudo, são cada vez mais baratos...
Em Portugal, o telemóvel começou a implantar-se nos anos 90. Em 1989, estavam registados pouco mais de dois mil clientes do serviço móvel, que funcionava ainda através de uma rede analógica. À época, os telefones, quase sempre instalados no carro, estavam praticamente reservados à classe política e empresarial — os preços dos aparelhos variavam entre os 3000 e os 5000 euros.
Em 1991, quando a TMN entrou no mercado, estavam já contabilizados 12.600 assinantes. Um ano depois, a Telecel começou a operar e nessa altura foram recenseados 37.300. Com o aumento de utilizadores de telemóvel deu-se o abaixamento dos preços: em 1993, surgiu no mercado o primeiro aparelho disponível a menos de 500 euros.
A partir daí, foi sempre a subir. Quando apareceu o terceiro operador, a Optimus, em 1998, havia já em Portugal mais de três milhões de utilizadores. A concorrência obrigou as operadoras a descer os preços e a oferecer novos produtos. Em 2000, quando já mais de seis milhões de telemóveis tocavam no país, começou a ser possível aceder à Internet através do portátil e o serviço de mensagens escritas (SMS) apaixonou os portugueses.
Os dados mais recentes da Autoridade Nacional de Comunicações não deixam margem para dúvidas: o número de utilizadores não pára de crescer…

Actualmente o telemóvel tem uma panóplia de funcionalidades que, com uma moderada e ponderada utilização, facilitam em muito o dia-a-dia.
Infelizmente, cada vez mais se vê o ser humano dependente deste equipamento (que outrora servia apenas para conversação...), que serve de “distracção” inibindo o seu utilizador para tudo o que se passa em seu redor.
Preocupante é a actual utilização deste tipo de equipamentos, com uma dependência avassaladora, pelas camadas mais jovens.
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