|
As coisas mudam, as pessoas nem tanto, os processos e modo de vida vão sendo substituídos por outros mais práticos, mas as pessoas são as mesmas, embora, o modo de agir seja diferente, antes, lutava-se pela sobrevivência, hoje luta-se pelo bem-estar.
Desde os tempos ancestrais que o homem procurou engenhos para transformar a uva em líquido, O VINHO. Pequenas lagaretas, a céu aberto, com um furo na parte lateral, onde era metida uma alavanca que servia para espremerem as uvas depois de pisadas.
Mais tarde embora o método de espremedura com o tronco seja o mesmo, já se trouxe o lagar para "dentro" de casa. Este método foi utilizado até ao princípio do Século passado.
Com o aparecimento de prensas com rosca, calços e caniça, idênticas há da foto, tudo se torna mais fácil e menos trabalhoso. Um homem só, consegue espremer o seu bagaço, quando este é só o fabrico da sua vinha e para seu consumo. Prensas como estas foram fabricadas com diversos tamanhos e medidas.
Na nossa região era normal ver-se em cada casa, uma boa adega, um lagar e tonéis, pipos grandes e mais pequenos, nesta altura do ano, e quando o tempo não trocava as voltas, era tudo cheio. Hoje, os grandes tonéis só ainda não foram todos para a fogueira, porque alguns dos seus donos têm pena, mas lá estão ao abandono, assim como o lagar e até o telhado já estão com buracos.
Mesmo assim, ainda há por aqui quem vai resistindo e lá vão fazendo uns pipitos (tanoaria), mas é uma profissão já quase em extinção.
Porque agora já apareceram as cubas de aço inox, que pela sua comodidade em arrumar e o estanque, já estão a substituir os tradicionais pipos, pipas e tonéis, e assim lá se vai mais uma tradição.
|