
O Castelo da Lousã, também conhecido como Castelo de Arouce, é um castelo situado a dois quilómetros da cidade da Lousã, numa pequena elevação sobranceira ao Rio Arouce.
A sua edificação, ou reedificação, remonta a 1080, altura da conquista de Coimbra aos Mouros por Fernando Magno, Rei de Leão e Conde de Castela, que incumbiu o conde Sesnando Davides, governador de Coimbra, de o construir, estabelecendo-o como uma das primeiras linhas defensivas criadas para controlar os acessos meridionais a Coimbra.

Conquistado pelos mouros durante a ofensiva de 1124, foi reocupado e reparado por D. Teresa de Leão, perdendo importância estratégica com a progressão da Reconquista Cristão em direção ao sul do território do Reino de Portugal.
No local terá existido ocupação romana que deu origem à povoação de Arouce, que recebeu foral de D. Afonso II em 1207. Contudo, Arouce foi progressivamente perdendo importância para a vizinha localidade da Lousã, até ser absorvida por esta, e o Castelo passou a ser conhecido por Castelo da Lousã por alturas do foral novo desta cidade, concedido por D. Manuel I em 1513.
De acordo com uma lenda antiga, na época da ocupação muçulmana o castelo terá sido erguido pelo emir (chefe árabe) Arunce, para a proteção de sua filha Peralta e dos seus tesouros após derrotado e expulso de Conimbriga. A lenda perdurou ao ponto de se registarem vários danos inflingidos ao edifício devido à procura do suposto tesouro.