Aceitando as diferenças
Era uma vez uma ovelhinha diferente das suas irmãs de rebanho:
“Hipotenusa”era negra.
Por isso, era desprezada e sofria todo tipo de maus tratos.
As outras davam-lhe mordidas, patadas; procuravam colocá-la em último lugar no rebanho.
Quando estavam num prado pastando, o rebanho inteiro tentava não deixar que a ovelhinha negra provasse uma ervazinha sequer. Dessa forma, sua existência era horrível.
Farta de tanto desprezo, a ovelhinha negra afastou-se do rebanho.
Durante muito tempo vagou sem rumo pelo bosque.
Quando anoiteceu, exausta, a ovelhinha deitou-se, sem perceber, em um monte de farinha.
Ao raiar o dia, acordou e viu, cheia de surpresa, que se havia transformado em uma ovelha muito branca, imaculada.
Voltou então ao seu rebanho, onde foi muito bem recebida e proclamada rainha, pela sua bela aparência.
Naquela ocasião, estava sendo anunciada a visita do príncipe dos cordeiros, que vinha em busca de uma esposa.
O príncipe foi recebido no rebanho com grandes honras.
Enquanto ele observava as ovelhas que formavam o rebanho, desabou uma violenta tempestade.
A chuva dissolveu a farinha que cobria o pêlo negro da nossa ovelhinha, e ela recuperou sua cor natural.
Quando a viu, o príncipe resolveu que seria a escolhida.
As outras ovelhas perguntaram por quê.
-É diferente das outras.
E isso, para mim, é suficiente.
Assim, a ovelhinha negra tornou-se princesa e teve, finalmente, o destino justo que merecia.
Moral da história:
Não é a aparência que define o caráter. Cada um de nós tem suas características que são únicas e que ninguém mais tem.
Valorizar o que temos de bom e procurar sempre melhorar os defeitos.
“Portanto, é preciso muita cautela ao julgar alguém que já foi julgado, pelas pessoas ou pelos familiares, como sendo uma ovelha negra, visto que somente a convivência e o tempo é que mostram realmente o que cada um é de fato.
Muitas vezes, apenas se trata de alguém que não se sujeitou a regras e comportamentos ditos como normais, sabe-se lá por quem ou por quê, e resolveu viver de acordo com as batidas do próprio coração.
Trata-se, enfim, de alguém que não se permitiu ser aceite pelos outros em troca da própria felicidade.”
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