
- Durante anos a Serra da Arrábida permaneceu num dos maiores mistérios do País relacionadamente aos fenómenos insólitos ocorridos na mesma. Existiram inúmeras observações de Ovnis, luzes estranhas que se deslocam sobre a Serra de uma forma muito sureal, relatos e histórias contadas por escuteiros, pessoas que desapareceram sem deixar rasto, as bússolas que perdem o norte, o caso do autocarro, além de outros que nem são falados como de uma avioneta que se despenhou no solo a muitos anos.
-Estava-mos então no inicio dos anos 70 quando uma pequena aeronave colidiu com a serra nas proximidades do forte da 7ª bataria do Outão, incendiando-se em seguida provocando a morte dos seus ocupantes. Este caso foi pouco ou nada divulgado nos meios de comunicação social da altura, caindo assim no esquecimento.
- Populares que se deslocaram ao local ainda hoje recordam o acidente, alguns ainda viram um corpo já carbonizado sendo levado numa maca pelos bombeiros.
Este foi um caso foi verídico contado por amigos e familiares que estiveram no local.
Imagens de satélite consegue-se vislumbrar muito vagamente, o que parece ter sido a clareira deixada no solo pela queda da aeronave da qual não se sabe.
Nota: Como em todos os acidentes aéreos que colidem com montanhas os locais são quase sempre de difícil acesso, o que não foi este o caso, até porque nessa altura a vegetação era rasteira e o local até nem era acidentado. Passados mais de quatro décadas voltei ao local onde se deu o embate e ali colocar uma cache alusiva ao acontecimento, mas a Mãe Natureza é implacável e não foi fácil lá chegar pois a vegetação cresceu, modificando a paisagem dificultando assim o acesso ao local.
Ali bem perto, enquanto três colegas se dirigiam ao GZ, descobriram pelo caminho parte da fuselagem/destroços da pequena aeronave, que ainda ali permanecem ao fim de todos estes anos.
- Um agradecimento especial ao Idilio49, Ernesto Garcia e Gouldians-Team.
- Agora conheça a evolução da caixa negra ao longo de décadas e que lhe pode ser útil na abertura da mesma.
"História da Caixa Negra"
Em 1939, no Centro de ensaios em voo de Marignane, na França, os engenheiros franceses François Hussenot e Paul Beaudouin realizaram as primeiras tentativas para produzir um gravador de dados de voo, que era basicamente um dispositivo fotográfico. O registo era feito em um longo filme fotográfico com oito metros de comprimento por 88 milímetros de largura. A imagem era registada por um raio de luz desviado por um espelho que se inclinava conforme a magnitude dos dados de altitude, velocidade e outros.
Em 1947, Hussenot e Beaudouin associaram-se a Marcel Ramolfo e fundaram a Sociedade Francesa de Instrumentos de Medição (Société Française d'Instruments de Mesure - SFIM).
O dispositivo foi aperfeiçoado durante a 2ª Guerra Mundial, passando a utilizar fita de metal ou bobinas de alumínio que eram, de forma inerente, muito mais resistentes às chamas do que a fita plástica convencional e, portanto, mais apropriado para resistir a um acidente aeronáutico.
Até então, não havia a gravação de áudio a bordo. Em 1958, o cientista e engenheiro de aviação australiano David Warren produziu um protótipo que chamou de " Flight Memory Unit ". A partir de então, passou a desenvolver o projecto de um dispositivo de gravação de áudio da cabine do piloto e dos dados do voo. Gravava quatro horas de conversas na cabine e registava as leituras dos controles, o áudio era então gravado em uma bobina de aço magnetizada. Entretanto o sistema foi evoluindo sendo reconhecido em todo o mundo como: Flight Recorder do Not Open. "A Caixa Negra".
Será que você a consegue encontrar. !
Obs: Convém levar calçado e vestuário adequado as condições do terreno.