Antero de Quental
Antero de Quental (Ponta Delgada, 18/4/1842 – 11/9/1891)
Nascido na Ilha de São Miguel, dedicou-se à poesia, à filosofia e à política. Deu início aos seus estudos na cidade natal, mudando-se para Lisboa aos 10 para estudar no colégio de António Feliciano de Castilho. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1859, tornando-se rapidamente no líder dos estudantes e seu porta-voz, sendo o autor de vários manifestos.
Está ligado à poesia realista e simbolista com as Odes Modernas, 1865, que se integram no programa de modernização da sociedade portuguesa desenvolvido pela Geração de 70, à qual pertence, mas é nos Sonetos Completos, 1886, que o melhor da sua poesia emerge, cruzando o simbolismo de timbre ainda romântico com a poesia de ideias e com a reflexão filosófica, na expressão de conflitos íntimos e sociais que pessoalmente o levarão ao suicídio.
No dia 11 de setembro de 1891, ao fim da tarde, Antero suicida-se, na sua cidade natal, após ter comprado um revólver, arma que usa pela primeira vez.
Em maio de 1887, numa carta que escreveu ao seu tradutor alemão do Sonetos, escreveu: “Morrerei, depois de uma vida moralmente tão agitada e dolorosa, na placidez de pensamentos tão irmãos das mais íntimas aspirações da alma humana e, como diziam os antigos, na paz do Senhor - Assim o espero”.
Obra de arte da autoria do escultor açoriano Ricardo Lalanda
Evoca os momentos do fim da vida de Antero de Quental quando se suicidou, em Ponta Delgada em 1891. A interpretação artística inclui um banco de pedra, a referência aos dois tiros que saíram da arma empunhada por Antero e uma representação estética dos efeitos da dramática decisão.
Esta cache foi construída no âmbito do curso para professores “Geocaching – uma ferramenta educativa”, realizado na Escola Secundária de Lagoa em abril/maio de 2018.