Não há provas suficientes do início da Igreja paroquial em Paços de Brandão, mas estima-se que entre 1131 e 1132 a Igreja já existia, segundo a Diocese Portucalense que assim o refere na sua colectânea de Diplomas antigos, denominada "Censual do Cabido do Porto".
Mas antes desta Igreja pressupõe-se que já existia nesse mesmo local, um centro de culto primitivo, possivelmente um «...modesto campanário encostado a uma moderníssima ermida (...) com uma sineta a chamar os crentes a fazerem assembleia...» segundo relata o Pe. Joaquim Correia da Rocha nos seus estudos da terra brandoense. Com o passar do tempo, foi criando visuais novos, aumentando de tamanho para se tornar mais funcional. Após várias tranformações, só em 1630 aparece o primeiro livro de Baptismos. Em 1640 o 2º livro de assentos 'obituário' e mais tarde em 1694 o 3º livro, o de casamentos.
Em 1755, no tempo de Marquês de Pombal, não fora só em Lisboa os estragos que o terramoto provocara. Mesmo no Norte de portugal, houve necessidade de restauração de certos monumentos e edifícios, como esta mesma Igreja. A 15 de Outubro de 1763, a obra prima pintada na abóboda da Capela-Mor é finalizada pelo pincel do pintor portuense Domingos Teixeira Barretto, onde hoje ainda se pode admirar restaurada recentemente pelo Prof. Adriano M. Amaral (1990). Uma pintura alegórica a S. Cipriano e à Glorificação de S. José.
Igreja e Arraial em Dia de Festa (1800)
Igreja Paroquial (1910)
Em 1943, a população, constituída por operários da indústria Corticeira, não tinha possibilidades para um novo restauro da Igreja que apresentava sinais de ruína cujo orçamento excedia as suas posses. «Em simbiose perseverante com os fregueses (freguesia), o Padre da altura, Pe. José Martins Alves desdobrou-se em iniciativas mil, uma das quais ficou na memória do povo: as Consoadas, ou seja, uma forma de o povo poder contribuir para a paróquia de uma forma mais festiva e mesmo de concorrência entre lugares da mesma freguesia.

Igreja Paroquial (2004)

Pe. Julião Valente
«...A última reparação mais importante da Igreja desde 1961, com a vinda do novo e actual pároco, Pe.Julião Valente, foi o alargamento lateral em 1992, dando-lhe um aspecto diferente, criando assim espaços vários, tanto para o culto, como para serviços(...) Foi um grande sonho que se realizou. Agora temos uma Igreja paroquial ampla, totalmente renovada, cómoda, artisticamente enquadrada num todo harmónico, com uma parte social moderna devidamente apetrechada para futuros trabalhos da paróquia; uma capela-Mor onde se pode contemplar quatro grandes painéis de grande valor artístico, e sobretudo um tecto abobadado com pinturas antigas de rara beleza. No corpo da Igreja logo nos impressiona a harmonia existente que os trabalharam...» - Padre Julião Valente, pároco da Freguesia, de 1961/2010.
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Não deixes Paços de Brandão sem um preguinho e um fino no Tono Belinha ou uma francesinha no Brandoense ou umas pizzas no Soletas...
Vais provar e vais voltar!!!