HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA GUADALUPE
Nossa Senhora de Guadalupe apareceu pela primeira vez ao índio asteca Juan Diego. Na língua asteca, o nome Guadalupe significa, Perfeitíssima Virgem que esmaga a deusa de pedra. Os Astecas adoravam a deusa Quetzalcoltl, uma monstruosa deusa, a quem eram oferecidas vidas humanas em holocausto.
Nossa Senhora de Guadalupe, porém, veio para acabar com essa idolatria e mudar a vida daquele povo sofrido. No ano de 1539, mais de 8 milhões de Astecas tinham abraçado a fé católica, convertendo-se e acabando com a idolatria pagã. No México e em todo o mundo, Nossa Senhora de Guadalupe é muito venerada.
A aparição de Nossa Senhora de Guadalupe
Estava o índio Juan Diego no campo. Ele sofria por causa da grava enfermidade de seu tio a quem muito amava. Juan rezava por seu tio quando teve a visão de uma mulher com seu manto todo reluzente. Ela o chamou por seu nome e disse em nauátle, a língua asteca: Juan Diego, não deixe o seu coração perturbado. Eu não estou aqui? Não temas esta enfermidade ou angústia. Eu não sou sua Mãe? Você não esta sob minha proteção?
A Senhora pediu, então, que o índio fosse revelar sua mensagem ao Bispo local. A mensagem de que Ela iria acabar com a serpente de pedra, e que o povo do México iria parar com os holocaustos e se converter a Jesus Cristo. Além disso, deveria ser construída uma Igreja no local das aparições.
O Milagre de Nossa Senhora de Guadalupe
O Bispo não acreditou no índio, mas ordenou que ele pedisse um sinal à Senhora para provar a veracidade da história. Quando Juan Diego voltou para o campo, Nossa Senhora de Guadalupe apareceu novamente a ele. Este lhe contou sobre a desconfiança do Bispo, porque Maria tinha pedido que fosse construída também uma grande igreja naquele local.
Maria sorrindo, pediu a Juan Diego que subisse ao monte e enchesse seu poncho com flores. Era inverno. A neve recobria os campos. Naquela época, não nasciam flores naquela região do México. Juan Diego sabia disso. Porém, mesmo assim obedeceu. Chegando ao alto do monte em meio à neve, ele achou uma grande quantidade de flores cheias de grande beleza. Ele apanhou muitas flores, encheu seu poncho e foi levá-las ao Bispo.
O Segundo Milagre
Com dificuldade Juan Diego foi recebido pelo Bispo. Ele tinha seu poncho ou sua Tilma, dobrado cheio de rosas. Então, ele abriu a tilma e as flores caíram no chão. Quando o Bispo viu, ainda não acreditou. Então, para espanto de todos os que estavam na sala, no poncho do índio estava estampada a bela imagem de Nossa Senhora de Guadalupe, como o índio tinha revelado ao Bispo. Todos na sala acreditaram, inclusive o bispo. Desse momento em diante, tudo mudou.
O fato causou grande comoção em todo o povo mexicano. Logo foi construída uma grande Igreja no local indicado por Nossa Senhora e o poncho de Juan Diego com a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe impressa foi levado para ser venerado. Guadalupe se tornou o grande Santuário do México, e a devoção a Nossa Senhora de Guadalupe se estendeu por toda América Latina. Em 1979, o Papa João Paulo II consagrou Nossa Senhora de Guadalupe, como Padroeira da América Latina.
Estudos sobre o poncho
Estudos realizados sobre o poncho do índio Juan Diego, revelam que a pintura não foi feita por materiais existentes na natureza e nem fabricados pelo homem. Nos olhos de Maria, dentro da Iris e da pupila, vê-se a cena em que o índio abre sua tilma na sala do bispo, com todas as pessoas presentes na sala conforme foi descrito em documentos posteriores. Tem uma família de um lado, o índio e o Bispo do outro. O olho reflete a luz como o olho humano.
Em janeiro de 2001, o engenheiro peruano, José Aste Tonsmman, revelou o resultado da pesquisa de 20 anos, com a ajuda da NASA. Os olhos da imagem ampliados 2,500 vezes, mostram umas 13 pessoas, crianças, mulheres, o Bispo e o próprio índio Juan Diego, no momento da entrega do poncho ao Bispo.
Richard Kuhn, prêmio Nobel de química, descobriu que a imagem não tem corantes e que após 470 anos continuam com seu brilho. O pano do poncho não dura mais do que 20 anos e começa a se desfazer, o que não acontece com o poncho do milagre, que já dura quase 500 anos. Concluíram que o que forma a imagem de Nossa Senhora não é pintura. A fibra do ayate, cacto, são suportaria as tintas da época. Além disso, não existe esboço ou marca de pincel.
Milagres de Nossa Senhora de Guadalupe
Grandes milagres aconteceram ao longo dos quinhentos anos de história da aparição de Nossa Senhora de Guadalupe. O povo sofrido do México teve sua esperança renovada com esta visita e permanência de Nossa Senhora em suas terras.
Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe
Nossa Senhora, em um ato de delicadeza, apareceu como uma índia, morena, vestida como uma índia grávida. Em sua roupa está retratado o céu com a posição das estrelas do dia em que ela apareceu. Os astecas sabiam reconhecer estes sinais e isso foi decisivo para que a conversão daqueles povos acontecesse em massa.
Capela de Nossa Senhora da Guadalupe
Na avenida de Moldes, na base do Monte do Castelo, existe uma capela datada do século XVI no centro de um espaço arborizado. Trata-se da Capela de Nossa Senhora da Guadalupe que tem festas no Verão (nos finais de Agosto) em sua honra. Foi edificada em 1617 e remodelada 256 anos depois pelos proprietários nesse tempo.
No interior, além de uma lápide de granito, residem retábulos de talha antiga de que subsistem alguns elementos do Maneirismo seiscentista: tramos laterais com colunas de estrias helicoidais e terço inferior lavrado com pinturas a fresco. A talha mais recente catalogada é do século XIX.
Na lápide acima referida estava escrito:
"Esta capela é de Manoel Joaquim da Cunha Sottomaior Senhor da Casa Torres de Sendim desta freguesia o qual a reedificou no ano de 1873. Tendo já sido de Diogo Burgueira e sua mulher Brízida de Mariz em 1617".
Nesta zona do outro lado da capela existe tambem um albergue, para os peregrinos poderam descansar.
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