A Atalaia da Cabeça Magra, ou simplesmente Atalaia Magra, no Alentejo, localiza-se a cerca de três quilómetros da cidade de Moura, na freguesia de Santo Agostinho, concelho de Moura, distrito de Beja, em Portugal.
A primitiva ocupação da região à margem esquerda do rio Guadiana remonta à época pré-histórica, conforme testemunham as antas ali abundantes e, mais recentemente, as necrópoles romanas em Sobral da Adiça.
À época da Reconquista cristã da Península Ibérica, a região foi conquistada em 1166 aos mouros por D. Afonso Henriques (1112-1185).
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), por volta do final do século XIII, foi erguido um conjunto de quatro atalaias, vigiando este troço da fronteira com Castela: a Atalaia da Cabeça Gorda, a Atalaia da Cabeça Magra, a Atalaia de Alvarinho e a Atalaia de Porto Mourão. Observe-se que à época, na região, o mesmo soberano promovia a remodelação do Castelo de Moura, datando de 1290 a sua Torre de Menagem.
A Atalaia Magra ergue-se no alto de uma colina ocupada primitivamente por um castro da Idade do Ferro. Constitui-se numa simples torre de vigia isolada, que se comunicava visualmente com o Castelo de Moura e com as demais atalaias.
Simples torre em alvenaria de pedra miúda, apresenta planta circular com cerca de quatro metros de diâmetro por doze metros de altura. A pouco mais de um metro do solo em seu muro rasga-se uma porta em arco ogival, no estilo gótico, primitivamente acedido, acredita-se, por escada de madeira removível. Os muros a Oeste apresentam ruína parcial. Nos remanescentes observam-se três pequenas janelas quadrangulares. O interior da torre era originalmente dividido em dois pavimentos, o inferior recoberto por abóbada de pedra e o superior por traves de madeira, hoje desaparecido. O acesso aos pavimentos faz-se por escada de pedra, em caracol.
A torre estaria originalmente inscrita num recinto muralhado, do qual restam apenas alguns vestígios.
Ao contrário da Atalaia Magra, as de Porto Mourão, da Cabeça Gorda e de Alvarinho apresentavam planta quadrangular.
Hoje parcialmente em ruínas, única sobrevivente do conjunto, encontra-se classificada como Imóvel de Interesse Público por Decreto publicado em 3 de Janeiro de 1986.
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