ROTA DO MARCO #1
O Marco de Canaveses[1] é uma cidade portuguesa no Distrito do Porto, região do Norte e sub-região do Tâmega e Sousa, com perto de 10 500 habitantes.[2] É sede de um concelho (desde 1852), que engloba no seu perímetro a cidade de Marco de Canaveses e a vila de Alpendorada.
O município tem 201,89 km² de área[3] e 53 450 habitantes (2011),[4][5] estando subdividido em 16 freguesias.[6] É limitado a norte pelo município de Amarante, a leste por Baião, a sul por Cinfães, a sudoeste por Castelo de Paiva e a oeste por Penafiel.
Por esta terra diz-se "Entre o Douro e o Tâmega, onde começa o Marão".
Nascida num relevo instável a cidade tem a seus pés e como porta principal o Rio Tâmega. É servida de bons acessos Rodoviários, através da A4. Tem também ligações Ferroviárias com a Linha do Douro.
O Marco de Canaveses é berço de figuras ilustres, que projectaram além-fronteiras o nome desta terra, destacando-se no panorama artístico a figura de Carmem Miranda, no ramo empresarial Belmiro de Azevedo, no mundo da ciência, o historiador Aníbal Barreira e no campo religioso o atual bispo titular de Lamego D. António Couto natural da freguesia de Vila Boa do Bispo.
Cidade desde 1993, de meia altitude (217 metros), de face voltada para o Norte, para a Serra da Aboboreira.
O povoamento do território a que corresponde o atual concelho de Marco de Canaveses remonta a épocas bastante recuadas, tendo sido encontrados importantes vestígios do período neolítico, nomeadamente alguns monumentos funerários.
Mais tarde, no que é a atual freguesia do Marco (mais particularmente, na freguesia do Freixo, antes da reorganização administrativa de 2013) havia instalada uma importante cidade romana com o nome de Tongóbriga. Tongobriga terá tido o seu apogeu no século I e início de século II e era um lugar por onde passava várias vias de comunicação, nomeadamente uma estrada romana que ligava Braga a Mérida. A importância histórica do lugar apenas foi descoberta em 1980, quando aquele terreno era utilizado como terreno agrícola, tendo sido começadas imediatamente as escavações. Atualmente, e após as escavações, é possível ver áreas habitacionais, necrópoles, um fórum, um teatro e o edifício das termas, estando, no entanto, ainda uma grande parte do que terá sido a antiga cidade romana subterrada debaixo da atual vila do Freixo. A Estação Arqueológica do Freixo, e as respetivas ruínas, estão abertas para visitas do público, assim como o museu, onde estão dispostos vários artefactos recolhidos nos trabalhos de escavações. No lugar também se encontra a funcionar a Escola Profissional de Arqueologia.
Marco de Canaveses é descrito por um relevo, na sua maior parte, instável e por onde passam dois importantes rios: o Douro e o Tâmega. Terá sido nas margens do rio Tâmega, que a importância, do que é hoje cidade, terá sido iniciada. Já na época Romana, terá existido uma ponte que, atravessando o Tâmega, ligava São Nicolau a Sobretâmega (nome de duas freguesias de Marco de Canaveses, antes da reorganização administrativa de 2013), numa área que é conhecida como Canaveses. Contudo, no século XII, foi edificada uma nova ponte sobre essa de origem romana que resistiu ao passar dos séculos, com ligeiras reparações. A edificação desta ponte medieval está associada à Rainha D. Mafalda, mulher de D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal. D. Mafalda também doou um paço, que aí possuía, para a instituição de uma albergaria e de um hospital.
A origem do nome Marco de Canaveses está em parte, e segundo a lenda, associada à importante presença e obra de D. Mafalda nesse lugar: Conta-se, que a rainha D. Mafalda teria passado pelas obras da ponte que mandara construir, e cheia de sede, pediu água aos pedreiros. Como o acesso ao rio era muito difícil, um deles ofereceu uma cana para que a rainha bebesse diretamente do rio. A rainha, ao devolve-la terá dito "Guardai-a porque a cana é boa às vezes". Contudo, também se associa o segundo elemento do nome, Canaveses, à cultura de cânhamo, outrora abundante na região. O primeiro elemento, Marco, derivará de uma pedra que dividia a freguesia de Fornos, S. Nicolau e Tuías (as três que constituem parte da atual freguesia do Marco).
Este período foi um grande impulsionador para a importância que, várias centenas de anos mais tarde, a cidade de Marco de Canaveses ainda ocupa e, portanto, a história de Marco de Canaveses está intimamente ligada com a história da pequena vila de Canaveses.
Deste período, chegam até os dias de hoje, vários exemplos de arquitetura românica. São exemplo dessa arquitetura no concelho, que ainda hoje podem ser visitados: a Igreja de São Martinho de Soalhães, a ponte do Arco (na Folhada, sobre o rio Ovelha), o Mosteiro de Santa Maria de Vila Boa do Bispo, a Igreja de Santa Maria de Sobretâmega, a Igreja de São Nicolau de Canaveses, a Igreja do Salvador de Tabuado, entre outros.
Nos séculos que se seguem, Marco de Canaveses cresce e é habitação de várias famílias da nobreza que nos deixaram vários solares e casas senhoriais, espalhadas pela cidade. A Casa dos Arcos (construída no século XVII), a Igreja do Mosteiro de Alpendurada (construída no século XVIII) e as inacabadas, mas surpreendentes, Obras do Fidalgo (estilo barroco, com construção entre 1740 e 1760) são exemplos de monumentos em Marco de Canaveses.
Em 1809, com o começo da segunda invasão francesa, liderada por Soult, percorrem notícias de que as tropas francesas estavam perto de Canaveses e, portanto, temendo a violência que já era associada aos invasores, decidiu-se cortar a ponte de Canaveses (a que havia sido edificada por D. Mafalda) e demolir parte dela, impedindo a passagem dos franceses pelo rio. De facto, esta decisão tornou-se eficaz, tendo impedido com sucesso a entrada das tropas invasoras em Canaveses. Contudo, a passagem para a outra margem foi feita mais tarde por Amarante, permitindo que Soult atravessasse o rio, mas por pouco tempo.
Apesar de tudo, é importante lembrar que nesta altura, Marco de Canaveses ainda não existia como concelho. O atual território encontrava-se dividido em distintos concelhos, como por exemplo, o concelho de Soalhães, o concelho de Canaveses, o concelho de Benviver.
Em 7 de Janeiro de 1852, Zé do Telhado, um famoso salteador português, muitas vezes descrito como o “Robin Hood” português, e a sua quadrilha juntam-se junto à Capela de Fandinhães (ainda hoje no mesmo local) para planear um assalto que se realizaria no dia seguinte. No dia 8, uma quadrilha de 30 homens, liderados por Zé do Telhado, assaltaram o solar do Carrapatelo e mataram a tiro o criado que se opôs à entrada da quadrilha. Este evento criou uma grande insegurança na população. Nesse momento, Adriano José de Carvalho e Mello, deputado e administrador do Concelho de Soalhães, jurou que prenderia Zé do Telhado. No entanto, a lei não permitia à justiça de uma comarca entrar noutra, sem autorização do seu administrador. Este entrave burocrático, dificultaria a ação de Adriano de José de Carvalho e Mello e, portanto, este, envolvendo notáveis figuras do movimento da Regeneração, solicita que seja criado um concelho que reúna em si os vários concelhos e comarcas vizinhos.
Em 31 de Março de 1852, D. Maria II satisfaz a vontade de Adriano José de Carvalho e Mello, criando o Concelho de Marco de Canaveses que anexa os concelhos de Benviver, Canaveses, Soalhães, Portocarreiro, parte dos de Gouveia e Santa Cruz de Riba Tâmega. E portanto, Adriano José de Carvalho e Mello fica para a história como o fundador do Concelho de Marco de Canaveses, do qual é possível, hoje, ver um busto no Jardim Municipal.
Já com Marco de Canaveses como concelho, dá-se a 15 de setembro de 1878 a inauguração de da Estação Ferroviária de Marco de Canaveses, um importante marco para o concelho, na extinta freguesia de Rio de Galinhas (atual freguesia do Marco). Esta estação faz parte do troço da Linha do Douro, o que permitiu aproximar o Marco tanto do Grande Porto como da Régua e do Pinhão, assim como impulsionando o desenvolvimento de toda a região. Importante também é notar a eletrificação da mesma linha, entre Caíde e Marco de Canaveses, concluída em 2019, que permitiu reduzir o tempo de viagem e aumentar a frequência de comboios que circulam entre Marco de Canaveses e Porto.
Em 1909, nasce em Marco de Canaveses Carmen Miranda. “A Pequena Notável”, como ficou conhecida, tornou-se famosa no Brasil, enquanto atriz e cantora e mais tarde nos Estados Unidos da América, onde participou em vários filmes de Hollywood. Tem a sua própria estrela na Calçada da Fama (Los Angeles). Morreu em 1955, em Beverly Hills, sem nunca voltar à sua cidade natal, Marco de Canaveses, e ao seu país de origem, Portugal, depois de o ter deixado rumo ao Brasil com menos de 1 ano de idade. Contudo, hoje, em Marco de Canaveses é possível visitar um Museu dedicado à artista (Museu Municipal Carmen Miranda) e uma estátua em granito no centro da cidade.
Em 1933, dá-se um acontecimento mediático e macabro em Marco de Canaveses. Na atual freguesia de Soalhães, Arminda de Jesus Pereira é queimada viva numa fogueira a céu aberto. Este crime, teve como principal motivadora a vizinha da vítima, Joaquina de Jesus Couto. Joaquina acreditava que Arminda encontrava-se possuída pelo demónio e que a única maneira de a libertar desse demónio era queimando-a, pois ela ressuscitaria no dia seguinte salva. Portanto, o marido de Joaquina, juntamente com um pequeno grupo de populares, acende a fogueira na qual colocam Arminda. Tudo isto, preencheu os jornais de Marco de Canaveses e nos dias seguintes chega à impressa nacional. Por esta razão, a freguesia de Soalhães é, ainda hoje, conhecida como “a terra do mata e queima”.[7]
É apenas em 1993 que Marco de Canaveses é elevado a cidade, solidificando o seu estatuto e a sua importância na região. Na mesma década, em 1996, é inaugurada a Igreja de Santa Maria do Marco de Canaveses. Projetada pelo famoso arquiteto Álvaro Siza Vieira, a igreja representa um novo conceito na arquitetura religiosa contemporânea, tornando-se um dos principais ex-libris da cidade.
A Cache:
A Cache não se encontra na coordenada publicada, para conseguirem dar com ela, só tens que voltar ao tempo de Escola, e resolver algumas questões:
E a Questão colocada para esta Cache é a seguinte:
Quantos alunos frequentaram a Escola em 2006?
Tendo em conta que:
Ano 2001 2002 2003
Alunos 150 225 300
Resolve esta questão e retira o Valor X
Agora que já descobriste o valor X, Utiliza-o no seguinte Formulário
N 41 09. [(X- 416)] W008 08.[(X- 204)]
Simples não é?
Não te esqueças de levar material de escrita, tendo em conta que o recipiente da cache, é de tamanho pequeno, e não suporta lápis, nem troca de objetos
Deixem tudo da mesma forma
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