Erguido em 1182 por eremitas desejosos de oração e bem-estar, a meia encosta da Serra d’Ossa, entre Estremoz e Redondo, em pleno Alentejo, o Convento de São Paulo é agora um confortável e requintado hotel. Testemunham várias crónicas que o Convento de São Paulo acolheu, ao longo dos séculos, importantes figuras como D. Sebastião, D. João IV e D. Catarina de Bragança que, em 1661, casou com Carlos II de Inglaterra. Aliás, na biblioteca do Convento existe ainda uma tela restaurada pelo Museu Nacional de Arte Antiga de Lisboa que atesta a passagem de D. Sebastião pelo Convento de São Paulo, em finais de 1577, quando viajava para o Norte de África, onde morreu em combate na batalha de Alcácer Quibir.
Com uma preciosa colecção de cerca de 54 mil azulejos, o Convento de São Paulo tem a maior colecção privada do país. A requintada azulejaria azul-cobalto data dos reinados de D. João V, bem como de D. José I, e configura um conjunto monumental produzido nas melhores oficinas de Lisboa. Algumas das encomendas de azulejaria destinaram-se a espaços específicos e devem ter tido patronos individualizados, como os da Capela do Bispo onde se vê a assinatura de António de Oliveira Bernardes ou os da Capela de Nossa Senhora da Conceição, cuja autoria é atribuída a Gabriel del Barco. A maioria dos painéis, contudo, é da autoria de um mestre que usa o monograma P.M.P. e constituem um caso notável de azulejaria.
Fontes florentinas decoram vários espaços interiores e exteriores do Convento. A Fonte do Leão, junto à entrada do Convento, foi destino de romarias durante vários anos. No Jardim das Quatro Estações, encontra-se a Fonte do Dragão, classificada como Monumento Nacional. Passeando pelo Convento, na Portaria Nova, encontra-se ainda a Fonte dos Golfinhos, datada da segunda metade do século XVIII. Os Claustros e os Jardins dos Noviços estão igualmente adornados com outras duas fontes. As terracotas, esculturas que poderá encontrar nos nichos do Claustro ou no Jardim dos Noviços, são datadas do séc. XVIII. De salientar a magnificência do Jardim dos Noviços, quer de dia, quer de noite.
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Secluded in the quietness and isolation of the western slopes of the Serra d'Ossa mountain, the Monastery of São Paulo was built in 1182 by hermit monks seeking the ideal place to live and pray in peace and quiet. In the heart of the Alentejo province, halfway between the town of Estremoz and the village of Redondo, it is now a comfortable and refined Hotel. Several historical accounts confirm that the convent has lodged, over the centuries, some prominent figures of Portugal's history like King D. Sebastião, King D. João IV and D. Catarina de Bragança who, in 1661, married the English King Charles II. The library of the Convent still holds a canvas depicting King D. Sebastião's stay at the convent, in 1577, on his way to Northern Africa where he died in the battle of Alcácer Quibir.
Exhibiting a precious collection of around 54,000 portuguese tiles, the Convento de São Paulo owns the largest private collection of its kind in Portugal. The exquisite tiles, in a wonderful shade of cobalt blue, date back to the reigns of King D. João V and King D. José I, a magnificent collection produced in some of the finest and most well-known workshops in Lisbon back then. Some of the tiles were ordered with specific spaces in mind and must have been crafted by some of the most renown artists of the craft like those that can be seen in the Capela do Bispo, bearing the signature of António de Oliveira Bernardes or the ones that decorate the Chapel of Nossa Senhora da Conceição, whose author is said to be Gabriel del Barco. Most of the panels, however, are the work of a master that undersigns his work as P.M.P. and are considered a remarkable work of craftsmanship.
Florentine fountains decorate several interior and exterior spaces at the Covent. The Lyon Fountain, near the main entrance, used to be a pilgrimage destiny. The Fountain of the Dragon, in the Four Seasons' garden, is classified as a national interest monument. Strolling through the convent, at the Portaria Nova (New Main Entrance), you will find the Dolphin Fountain, dating back to he second half of the 18th century. The Cloisters as well as the Garden of the Novices are equally adorned with two other fountains. The terracotta sculptures you can observe in niches around the Cloisters or at the Garden of the Novices, are from the 18th century. Come for a walk in the Garden of the Novices, day or night, and you will be fascinated by its magnificence.
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