Este conjunto de caches colocadas ao longo da ciclovia que liga a Zona Industrial da Tocha e a praia, tem como motivo a Fauna & Flora existente no Sítio Classificado das Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas da Rede Natura 2000.
"O Sítio caracteriza-se por um cordão dunar litoral contínuo, formando uma planície de substrato arenoso com um povoamento vegetal de resinosas e matos, com pequenas lagoas abastecidas por linhas secundárias de água doce.
A tipologia das dunas, a especificidade dos espaços intradunares, a pujança das dunas primárias e a excelência das dunas longitudinais, associadas a um estado de conservação razoável, conferem ao Sítio, num contexto europeu, uma reconhecida importância quer em termos de desenvolvimento espacial, quer em termos de unidade sedimentar e ecológica.
O campo dunar de Vagos a Quiaios, que inclui dois tipos de dunas diferenciados - dunas frontais do cordão litoral, activas e instáveis, e dunas antigas com formas bem conservadas e consolidadas - ocupa 62 % da área do Sítio, sendo por isso de destacar o largo conjunto de habitats psamófilos.
Realce para as vastas áreas ocupadas por dunas móveis embrionárias (2110), dunas brancas, dominadas por Ammophila arenaria subsp. arundinacea (2120), e dunas semifixas (cinzentas) (2130*), com uma comunidade arbustiva endémica, no seio da qual é visível Armeria welwitschii.
Referência para a presença de depressões húmidas intradunares (2190), de dunas com vegetação esclerófila (2260), de tojais sobre dunas descalcificadas (2150*), de dunas mediterrânicas com pinhais-bravos (Pinus pinaster) com subcoberto arbustivo espontâneo (2270*) e de matagais de Salix arenaria em depressões dunares (2170), sendo este o único Sítio onde este habitat se encontra assinalado.
Ocorrem lagoas eutróficas permanentes com comunidades vasculares (3150) e também águas oligotróficas sobre solos arenosos com vegetação da Littorelletalia (3130). Destaque para a ocorrência da Thorella verticillatinundata, espécie reduzida a populações diminutas face ao estado de ameaça a que o seu habitat está sujeito.
Interessa ainda citar a presença florestas mistas sub-higrófilas de Fraxinus angustifolia, Quercus robur e Ulmus minor (91F0), em depressões associadas à margem dos planos de água.
Salienta-se ainda a importância do Cabo Mondego (Figueira da Foz), em termos geológicos e geomorfológicos, destacando-se o facto de conter um dos poucos estratotipos do Jurássico (único em Portugal, por apresentar toda a série).
Um dos poucos locais de ocorrência confirmada da lampreia-de-riacho (Lampetra planeri)."
In: http://bdjur.almedina.net/item.php?field=item_id&value=1290347
A Hyla arborea, também conhecida como rela (em Portugal) ou rã-arborícola-europeia, é uma pequena rã pertencente à família Hylidae. Podem ser vistas em dias húmidos e nublados, porém, atingem os níveis máximos de actividade durante a noite.
Historicamente, as relas foram utilizadas como barómetros devido ao facto de começarem a coaxar ao sentirem a aproximação de chuva. Dependendo da subespécie, temperatura, humidade ou disposição da rã, a sua cor pode variar entre as tonalidades verde-tropa a verde intenso, passando pelo cinzento, castanho e amarelo. Vive no máximo 10 anos.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/R%C3%A3-arbor%C3%ADcola-europeia