Esta geocache faz parte do Roteiro de Caches por Montemor, criado no âmbito de um Mestrado em Política Cultural Autárquica e pretende dar a conhecer cada uma das freguesias do concelho de Montemor-o-Velho.
O roteiro é composto por 14 caches.
Espero que tenham um belo passeio e boas cachadas!
Nota: Todas as caches contém logbook mas é necessário levar material de escrita.
Sê discreto durante a procura, tem cuidado ao manusear as caches e volta a colocá-las no lugar de forma a garantir a sua longevidade.
A Freguesia das Meãs do Campo
A freguesia de Meãs do Campo é comumente conhecida como a terra da maioria dos agricultores do Baixo Mondego. Como tal, a área correspondente à freguesia divide-se essencialmente em terrenos de cultivo (mais próximos ao rio, na zona mais plana) e zona habitacional (nas terras do monte, mais acidentadas e arborizadas).
Até ao liberalismo, a freguesia constituía o reguengo de Meãs, na comarca de Coimbra, tendo sido integrado no concelho de Tentúgal em 1853. Após a extinção deste, passou para a jurisdição concelhia de Montemor-o-Velho. Para se distinguir de outras povoações com o mesmo topónimo, ao termo “Meãs” acrescentou-se “do Campo”, pela extensa área de campo que se insere no seu território administrativo.
A título de curiosidade, Meãs do Campo é a freguesia de Portugal com maior número de tratores por habitante.
Nesta freguesia é possível visitar a Igreja Matriz, a Capela de Santo António, o Cruzeiro do Centenário da Restauração de Portugal e o Museu de Arte Sacra, localizado no edifício do Pátio-Bar (contempla um espólio museológico de grande valor doado por José Rainho).
Em termos de alojamento, existe o Hotel Garça Real (4 estrelas), junto à estrada nacional, com vista para o meio natural envolvente. O hotel permite o acesso à piscina exterior, campo de golfe, bar e restaurante, sala de eventos/ reuniões, ginásio, serviço de massagens e spa com jacuzzi, sauna e banho turco.
A Casa onde Nasceu o pintor Manuel Jardim
Foi na Freguesia de Meãs do Campo que nasceu o pintor Manuel Jardim (1884-1923), artista de reconhecido valor, considerado por diversos estudiosos como um dos renovadores da arte em Portugal nos inícios do século XX.
Ter-se-á mudado para Lisboa depois de interromper a sua carreira de estudante coimbrão sob a influência de Leopoldo Battistini, então professor na Escola Industrial de Avelar Brotero- particularmente pelo seu quadro Sagramor, inspirado num poema do Doutor Eugénio de Castro.
Em Lisboa encontra-se com aqueles que viriam a ser as primeiras figuras nas artes nacionais e, em 1905 muda-se para Paris para frequentar a Academia Julien até 1910, sob a tutela de Jean-Paul Laurens. Em 1911 casa com Letícia Leite Pereira Jardim Cabral de Moura Coutinho e Vilhena, sua prima. No entanto, não foi esse o momento que marcou o ano do artista, mas sim a admissão do seu quadro Le Déjeuner no Salon des Beaux-Arts de Paris. O famoso quadro foi também exposto no Salon d’Automne, em 1913, na Mostra dos Caminhos-de-ferro, em 1914, na Mostra dos Artistas Decoradores e no IV Salão da Sociedade dos Desenhadores Humoristas também em 1914 e na exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1919.
Em 2011, o Museu Nacional Machado de Castro acolheu uma exposição dedicada a Manuel Jardim (“Memória de um percurso inacabado - 1884-1923”), uma comemoração do centenário da exposição da mais célebre obra do pintor.
A Casa onde terá nascido o pintor e artista é agora casa de habitação particular.
Informação consultada através da página do Município de Montemor-o-Velho, página da Junta de Freguesia de Meãs do Campo e da página do Museu Nacional Machado de Castro.
Devem ter especial cuidado pois este local é movimentado em alguns momentos do dia.