O Coração da Cidade de Penafiel 

Rua Direita / Rua do Carmo

A Rua Direita / Rua do Carmo está inserida no Centro Histórico da Cidade de Penafiel. Normalmente a Rua Direita de uma cidade são ruas bem "tortas", por vezes ingremes e cheias de curvas! O seu "Direita" quer dizer, tão simplesmente, que foi uma rua central que ligava a população "diretamente" à igreja. No caso de Penafiel, é nesta rua que pode ser encontrada a Igreja Matriz.

As ruas do Carmo e Direita correspondem ao percurso que a antiga estrada medieval tomava no interior do burgo de Arrifana de Sousa e estão na génese do seu desenvolvimento urbano. No século XVII estas ruas tinham a denominação única de de rua Direira. No século XIX era também conhecida por estrada real nº 33.

Seguem alguns exemplos dos mais belos edifícios desta rua:

Casa dos Garcez
 

Residência nobre da familia Garcez que resultou da união entre várias casas do séc. XVI de aparelho cuidado e originalmente exibido em reboco. Atualmente com o número 78, a reforma da casa terá ocorrido em data posterior a 16 de Outubro de 1782, ano em que foi nobilitado o capitão-mor de Penafiel José Cardoso Pinto de Madureira Garcez, Cavaleiro Professor na Ordem de Cristo, parente de João Garcez, cujas armas exibe o frontão contracurvado. Os Garcez eram naturais do Porto e ocupavam o cargo de tabelião, oficio que passava de pais para filhos, mas alguns nobilitaram-se pela via militar. O primeiro a morar em Arrifana foi o tabelião Antão Garcez que casou com a cristã-nova Brites Correia, filha do mercador João Correia, pelo que dois membros desta familia foram sepultados ao seu lado na capela do Espírito Santo.

Casa dos Soares Barbosa

Residência da família Soares Barbosa no séc. XVIII, atualmente com o número de porta 126. O seu aspeto atual, com a fachada de gosto tardo-barroco e brasão da família, resultou de grandes alterações que terá sofrido no final dessa centúria. Em 1762, este edifício correspondia a dois mais estreitos e apenas a casa situada a Nascente pertencia a Manuel Soares Barbosa, juíz de fora em 1747 e do Tombo do Reguengo de Penafiel em 1750, filho de Jorge Soares de Barbosa e de Joana Baptista naturais de Tresouras, da comarca de Sobretâmega. Na casa situada a Poente vivia D. Luisa Eugénia de Lemos, descendente do Capitão Diogo Almeida Reimão, habitação que aquela comprara a Bento Pacheco e posteriormente a doou a José Soares de Barbosa, filho de Manuel Soares de Barbosa, em 1757, unindo-se assim as duas propriedades.

Igreja Matriz

Templo concluído por volta de 1570 para servir de igreja paroquial à nova sede da freguesia de S. Martinho de Arrifana de Sousa, transferida do lugar de Moazares, hoje Santa Luzia, de onde também foi trazia a imagem de S. Martinho. Este templo foi contruido sobre a nave da antiga Capela do Espirito Santo que já existia no séc. XV voltada para a rua do Poço, actual rua do Sacramento, alterada para o estilo manuelino por volta de 1517, por iniciativa do mercador João Correia, natural de Arrifana, que ganhou fortuna em Inglaterra e na Flandres. Da primeira capela resta uma gárgula antropomórfica no exterior e o interior da capela-mor, que serve de altar à Confraria dos Santos Passos intituída em 1631, e do templo manuelino são visiveis as ameias e as bordas janela. João Correia foi aqui sepultado em 1537, sob tampa granítica decorada com uma rara placa de bronze de fabrico flamengo gravada com a sua figura de corpo inteiro. A capela também serviu de cenotáfio a dois dos seus descendentes.

 A Cache 

A cache não se encontra nas coordenadas publicadas, contudo, é através destas que irão ter acesso à rua em questão.

Para descobrires as coordenadas finais terás de ser capaz de completar esta "equação":

N 41° 12.(297+B)' W 8° (95-A).(C/5-190)'

Relativamente à cache final, manuzeiem com cuidado para que perdure. Só depende de vocês. 

Divirtam-se!